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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Não havia necessidade

É raro o que se faça em Portugal que não dê barulho, polémica. Se correm bem as coisas, temos heróis até à saciedade, se algo corre mal, temos bodes expiatórios, barulho e mais barulho. É esta a imagem, para não falhar a regra, que fica do jogo de Portugal com a Costa do Marfim. Um empate 0-0, resultado final. Provavelmente, queriam que a Costa do Marfim não defendesse a sua baliza, o que esperavam? - Patéticos os comentários do nosso selecionador, o professor Carlos Queiroz.
O ketchup não foi espremido o suficiente, por isso, não saiu tudo de uma vez e como tal não vieram os golos do Cristiano Rolnado. Alguns até já dizem que não houve o abençoado ketchup porque não há tomates e, de facto, parece, que temos que estar de acordo.
Mas este barulho todo, o que revela? - Mau perder e falta de humildade para reconhecer as nossas limitações e lacunas. Penso, que se ganharia muito mais jogos se essa humildade estivesse mais presente nos nossos jogadores e com isso dariam um excelente exemplo ao nosso povo e particularmente os nossos jovens. Menos videtismo seria um antídoto muito importante. Mas o que vemos na comunicação social sobre os nossos «santos» jogadores e o que eles trabalharam para esse barulho fora do campo... Este povo precisa de exemplos de simplicidade e humildade, porque não raras vezes se consume a gastar o que não tem e a mostrar a força que lhe falta.
Este barulho à volta do futebol é uma alienação e faz parte do «pão e do circo» com que os poderosos deste país teimam em manter sossegado o povo. Tanta estupidez brada aos céus. Porém, voltamos a pedir à nossa selecção de futebol, mais empenho em jogar futebol e que ninguém ligado a ela ande fora do campo a atirar areia aos nossos olhos, porque se somos tontos alguma vez, não seremos sempre. Não havia necessidade de mostar lá fora o que somos cá dentro, ingovernáveis, desordeiros, polémicos, cimbalos que retinem, bronze que soa, barulhentos... por tudo e por nada. Haja tino e que Deus nos valha até no entretenimento, que não somos capazes de fazer sem barulho e desinteressadamente.

1 comentário:

M Teresa Góis disse...

Em cada dia que passa e a selecção está no Mundial, cada português PAGA o equivalente a 26 € para sustentar os marmanjos que por lá andam no ketchup. Pois que percam de vez: o País está em crise, não temos dinheiro para gastar em futeboladas e contentemo-nos com os futebóis caseiros!