O encantamento da relação amorosa é das
coisas mais belas que Deus criou, mas depois disso descobrir-se que a relação
vai assentar na base da vingança, vemos emergir um terrível desânimo. Mais
adiante, depois do corte de relação, entramos logo no domínio do ódio e do
rancor. Dois aspectos tenebrosos que a natureza inventou para colocar em prova
o ser homem e o ser mulher nesta terra de relação. Estes dois filhos da
vingança pintam o quadro negro da humanidade. Esta humanidade cansada de coisas
feias que não levam ao prazer, à festa e à alegria da existência. A vida não
pode ser com vingança e não pode ninguém ser pessoa permanentemente com um
coração preenchido com este espírito do mal.
Quando a vingança toma conta do coração
humano, encontramos pessoas amargas e feridas até ao mais fundo do ser, porque
lhes falta o essencial do sentido da vida. A vingança mata toda a possibilidade
do sonho comum da fraternidade. Depois da vingança nascer o desejo do sonho do
amor como elemento crucial para criar a relação plena que leva à felicidade,
está votado à morte. A fraternidade deixou de ter lugar na existência deste
mundo depois do nascimento da vingança.
A vingança cerceia a realização do eu e
do tu e não permite a realização da reconciliação e muito menos permitirá a
festa do perdão, pois, são estes os elementos verdadeiros do sentido da comum
união – a comunidade, que é para todos os efeitos um valor essencial para a
sobrevivência e para a realização pessoal. A vingança está aí no dia a dia da
existência a matar toda a possibilidade da paz e do entendimento humano.
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