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terça-feira, 12 de agosto de 2014

O último filme do actor Robin Williams

Todos lamentam a morte de Robin Williams e eu também lamento. Tudo indica que o actor se suicidou por asfixia. Serve então para meditarmos o quanto este flagelo da auto provocação da morte. Todos os dias no mundo se suicidam centenas e quiçá milhares de pessoas e não nos damos conta disso. É grave que assim seja. Entre nós também contamos muitos que vão da lei da vida se libertando à conta do suicídio.
Este suicídio chama à tenção e comove todo o mundo, porque se trata de uma pessoa conhecida. Um famoso. Alguém que deveria ter tudo em termos materiais para nunca ter que cometer uma atrocidade destas contra si mesmo. Porém, serve então para ensinar-nos que o dinheiro, a fama e o sucesso mediático não são suficientes para se encontra o sentido e ser feliz.
Devemos com o suicídio de Robin Williams e com todos os outros que vamos sabendo acontecerem todos os dias, procurar tirar lições para que a ganância que comanda a vida, o desejo de aparecer e a vontade de ser famoso não chegam para que a felicidade se faça presente.
Lembro-me que em 2001, sobre o suicídio da Cândida Branca Flor, alguém escreveu o seguinte: «A Cândida Branca Flor sonhou ser popular e cedeu demais na qualidade»; «Não construiu uma família: condescendeu em não ter filhos»; «Como era filha única, também não tinha irmãos»; «Quando morreu, não tinha ninguém: nem pais, nem irmãos, nem filhos, nem sobrinhos – só uma mãe adoptiva»; «E, quando o declínio físico se tornou mais visível, ficou também sem agentes, sem amigos, sem contractos e sem dinheiro»; «A solidão de Cândida Branca Flor não foi, entretanto, um problema só dela: é um problema desta sociedade».
O silêncio que se procura para fugir à azáfama do quotidiano deve ser sempre qualquer coisa de essencial para o equilíbrio psicológico da vida humana. O dia a dia está cheio de muitas contrariedades que nos maçam a vida e não servem para a descoberta do sentido da nossa origem, para que estamos aqui e para onde vamos.
Uma pessoa que perante os dissabores que a vida amorosa muitas vezes proporciona, pode cair no desespero e facilmente perde a noção da existência como valor, porque se vê sem forças para lutar e na mais pura inutilidade. O vazio interior é o pior inimigo de qualquer ser humano. 

2 comentários:

Unknown disse...

Comentar este texto não é fácil por razões que o Meu Amigo bem conhece.
Quero dizer-lhe que, uma vez mais, a nossa condição humana nos coloca situações bem difíceis. Que descanse em PAZ.
Quero também dizer-lhe que lutar faz parte da vida, eu aselha informático confesso, deixo este pequeno comentário como prova da minha luta e da ajuda dos amigos. Boa Noite

José Luís Rodrigues disse...

Bravo. Progressos... Que felicidade. Bem haja. Já o aceitei como amigo no Facebook, lá pode também ler outras coisas que publico e pode também participar. Seja bem-vindo. Um abraço.