Todos
lamentam a morte de Robin Williams e eu também lamento. Tudo indica que o actor
se suicidou por asfixia. Serve então para meditarmos o quanto este flagelo da auto
provocação da morte. Todos os dias no mundo se suicidam centenas e quiçá
milhares de pessoas e não nos damos conta disso. É grave que assim seja. Entre
nós também contamos muitos que vão da lei da vida se libertando à conta do
suicídio.
Este
suicídio chama à tenção e comove todo o mundo, porque se trata de uma pessoa
conhecida. Um famoso. Alguém que deveria ter tudo em termos materiais para
nunca ter que cometer uma atrocidade destas contra si mesmo. Porém, serve então
para ensinar-nos que o dinheiro, a fama e o sucesso mediático não são suficientes
para se encontra o sentido e ser feliz.
Devemos
com o suicídio de Robin Williams e com todos os outros que vamos sabendo
acontecerem todos os dias, procurar tirar lições para que a ganância que
comanda a vida, o desejo de aparecer e a vontade de ser famoso não chegam para
que a felicidade se faça presente.
Lembro-me
que em 2001, sobre o suicídio da Cândida Branca Flor, alguém escreveu o
seguinte: «A Cândida Branca Flor sonhou ser popular e cedeu demais na
qualidade»; «Não construiu uma família: condescendeu em não ter filhos»; «Como
era filha única, também não tinha irmãos»; «Quando morreu, não tinha ninguém:
nem pais, nem irmãos, nem filhos, nem sobrinhos – só uma mãe adoptiva»; «E,
quando o declínio físico se tornou mais visível, ficou também sem agentes, sem
amigos, sem contractos e sem dinheiro»; «A solidão de Cândida Branca Flor não
foi, entretanto, um problema só dela: é um problema desta sociedade».
O
silêncio que se procura para fugir à azáfama do quotidiano deve ser sempre
qualquer coisa de essencial para o equilíbrio psicológico da vida humana. O dia
a dia está cheio de muitas contrariedades que nos maçam a vida e não servem
para a descoberta do sentido da nossa origem, para que estamos aqui e para onde
vamos.
Uma
pessoa que perante os dissabores que a vida amorosa muitas vezes proporciona,
pode cair no desespero e facilmente perde a noção da existência como valor,
porque se vê sem forças para lutar e na mais pura inutilidade. O vazio interior
é o pior inimigo de qualquer ser humano.
2 comentários:
Comentar este texto não é fácil por razões que o Meu Amigo bem conhece.
Quero dizer-lhe que, uma vez mais, a nossa condição humana nos coloca situações bem difíceis. Que descanse em PAZ.
Quero também dizer-lhe que lutar faz parte da vida, eu aselha informático confesso, deixo este pequeno comentário como prova da minha luta e da ajuda dos amigos. Boa Noite
Bravo. Progressos... Que felicidade. Bem haja. Já o aceitei como amigo no Facebook, lá pode também ler outras coisas que publico e pode também participar. Seja bem-vindo. Um abraço.
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