Pequeno trecho da biografia romanceada que estou a
escrever sobre São Roque... Desta forma quero assinalar o Dia do Enfermeiro/a,
12 de Maio...
«A peste dos séculos XIII e XIV
chamava-se Peste Negra. A monumentalidade do sofrimento, a miséria
horripilante que as ruas das cidades medievais apresentam, é uma visão do
inferno, que nesta época era bem viva nas mentes das pessoas.
Roque, homem da misericórdia, da
ternura, qual apóstolo Tomé desta época, toca as feridas de cada pessoa que se
lhe apresenta diante de si tomada pela peste. Roque, também alimentado pelas
imagens que a catequese nas igrejas apresentavam sobre o inferno, deve ter
pensado, que este quadro infernal real, que o seu mundo apresenta superava e
muito todo o imaginário doutrinal propagandeado sobre o fogo abrasador do
inferno do além após a morte de cada pessoa.
Roque era um intrépido enfermeiro. Nunca
estava parado. A maior parte do tempo passava-o junto dos doentes. Depois de
formar um grupo de companheiros jovens, eles começaram a juntar das ruas todos
os enfermos que encontravam. Roque nunca se cansava e para todos tinha comida,
roupa e água para lavar as feridas. Não nutria qualquer receio de tocar as
chagas. Nas pouquíssimas horas vagas que lhe sobrava, passava-as nos túmulos
dos Apóstolos em oração. Aqueles momentos eram retemperadores e serviam para
ganhar o ânimo e a força sobrenatural para continuar a sua missão ao lado dos
doentes da peste».
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