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domingo, 31 de janeiro de 2010

Dois pesos - além das sandálias

Diocese do Funchal rejeita acusações do padre Jardim Moreira...
A diocese do Funchal rejeitou as acusações de alegada perseguição a um padre madeirense. O Presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza diz que o cónego da Sé Catedral da Madeira foi transferido para uma aldeia por ter alertado para a falta de apoio aos mais pobres da ilha. A diocese diz que o padre Jardim Moreira não sabe do que fala.
Lembram-se deste facto ainda muito recente?...
Agora vejamos outro caso vindo de fora, nestes dias:
Enquanto se mantiver uma “situação de rebeldia e de desobediência, o Bispo da Diocese não pode visitar a Paróquia da Ribeira Seca” porque esta “não está canonicamente regularizada” e em “comunhão” pastoral com a Igreja. A opinião é do Cónego João Seabra, especialista em Direito Canónico e membro do Tribunal Patriarcal de Lisboa....
Nota do autor do blog: as duas fotos e declarações acima, são de dois padres de «fora», dois «cubanos», por sinal, e as declarações que ambos fazem são também sobre de dois padres da Diocese do Funchal. Aqui estão as semelhanças.
Agora vejamos as diferenças. Os padres são distintos em tudo. As declarações são antagónicas de todo. Porém, o tratamento que levaram pelas vozes autorizadas do burgo madeirense, é também antagónico. Um foi mandado calar e meter-se na sua vida, porque não percebia nada de nada sobre a realidade da igreja da (Ma)madeira. O outro em títulos enormes proclamou no órgão oficial da igreja e do partido governamental aos quatros ventos, para os incautos da ilha, que sabe muito da nossa realidade e que é voz autorizada para dizer tudo o que entender sobre tudo, especialmente, da igreja da pérola do Atlântico. Este foi levado ao colo como o melhor doutor da lei. Ai o que Jesus disse no Evangelho sobre os tais doutores. Não é extraordinária a lei dos dois pesos e das duas medidas levada à prática neste caso?
Importa a meu ver dizer o seguinte: mais uma vez a minha amizade ao povo da Ribeira Seca, que mais uma vez foi enxovalhado e rotulado de rebelde e de desobiente na praça pública, por alguém que, isso sim, não sabe nada de nada da realidade da Madeira e, especialmente, do assunto chamado Ribeira Seca. Muita pena tenho eu que estes senhores não se lembrem que naquele lugar, chamado Ribeira Seca, existe um povo, que Deus ama e deseja salvar. Ou não acreditam nisto? - E como padecem alguns senhores, porque vão sempre «além das sandálias» (esta expressão significa, falar do que não se sabe...).

3 comentários:

M Teresa Góis disse...

Se a Igreja é um todo, um corpo cuja cabeça é Cristo, acho que o tempo perdido em querelas nestas décadas, julgando ab initio um sacerdote que não se lhe conhece crime de pecado mortal (conforme definem os mandamentos), por um Bispo cujo passado é bem conhecido no Continente nos seus tempos de regime salazarista e que se sentiu desautorizado porque um Padre, um Irmão seu (e nosso)preferiu defender o seu povo e dizer "amen" somente ao Deus que quis seguir, no trabalho e até na pobreza. É tempo, mais a mais no Ano que dizem ser Sacerdotal,de se sentarem, de D. António ouvir o povo da Ribeira Seca, outras personagens que sabem do que se passou e que são isentas e de aproveitar a vinda do Papa a Portugal para, DE VEZ, resolver o problema. Há já muito sofrimento corrido, há um sacerdote dedicado e culto que a Igreja madeirense está a desaproveitar (e temos tanta falta de Homens cultos e dedicados...)há todo um povo que não compreende a atitude de um Bispo e, é mais um motivo, para olhar essa comunhão com sérias reservas. Se é preciso perdoar, que haja perdão!
Já alguém parou para pensar o que faria Jesus Cristo?

David Sousa disse...

Amigo José Luís

Alegra-me saber que pelo menos um Padre está do lado da paróquia da Ribeira Seca e do seu colega. Embora o padre Martins seja um padre da "oposição" e reformado, onde está a solidariedade entre colegas???? "Canonicamente irregular". Este Seabra é uma aberração.

Ai se Jesus descesse à Terra. Seria a desilusão completa...

Um grande abraço e admiro muito a tua frontalidade...

Anónimo disse...

Este padre Seabra é um atentado á união dos cristãos. Em Lisboa é gozado e ninguém lhe dá crédito. Na Madeira qualquer cretino que venha de Lisboa tem uma importância expectacular. Nem sei para que o Bispo do Funchal se dá ao vexame de ouvir conferencias deste padre e depois ainda tem que ouvir pela comunicação social os seus conselhos como deve actuar. Já não há bom senso nesta igreja da Madeira.
Roberto