O que seria uma vida sem dimensão espiritual? - Um vazio, um desespero, uma solidão e outras coisas mais que todos nós já conhecemos verdadeiramente. O fim desse vazio, maiormente, é o suicídio, o fim da linha, a morte. Ninguém escapa a esta fatalidade.
Todos temos exemplos de gente que perdeu o rumo, chegou aí, ao abismo do sem sentido da vida e não escapou. Se não teve a coragem de suicidar-se, pairava sobre o mundo como carne morta, é um morto vivo, vivo só aparentemente. Não queiram pensar que faço com isto a apologia do suicídio. Longe de mim tal ideia. Apenas salientar que a vida vazia, é a mais cruel subida do calvário.
Vamos acordar, meus amigos, e pensar a sério e começar a educar a vida de cada pessoa para a verdade das coisas. Ninguém pode ser gente feliz e autênticamente virada para o transcendente, a vida plena se não tomar a sério a sua dimensão espiritual. Não é o corpo, a realidade histórica que preencherá o mais importante da vida. Porque do corpo já sabemos tudo. Como ele passa ou se transforma a cada momento da vida histórica.
Neste pensar a sério a dimensão espiritual fica-nos a razão de Teilhard de Chardin quando diz tão bem como é importante a nossa dimensão espiritual. Repare-se: «Eu não sou um ser humano que tem uma esperiência espiritual. Eu sou um ser espiritual que tem uma experiência humana». - Pensamento, recebido por SMS de um amigo, sempre muito atento a estas coisas, por isso, a ele devo esta minha reflexão. Por fim, viram ao que se deve dar mais importância!
3 comentários:
Padre José Luís, o Grande Teólogo, Paleontólogo, Antropólogo Teilhard de Chardin sofreu as passas do Algarve pelo Tribunal do Santo Oficio hoje por antonomásia Congregação da Dourina da Fé. Foi suspenso "a divinis" quase excomungado e qundo chegou ao Everest queria celebrar a Eucaristia mas não tinha Pão nem Vinho e então, substituiu-Os, na montanha mais alta do Mundo, pelo Pão Eucarístico da Comunhão com todos os que sofrem no mundo inteiro, vítimas da injustiça pela falta do pão para a boca de todos os homens e mulheres e o Vinho Eucarístico eram as lágrimas de todos eles .
No Vaticano II, penso que já após a sua morte, foi reabilitado por Paulo VI.É imperioso e urgente relembrar estes epifenómenos tenebrosos a que a igreja não é alheia. Pelo contrário, é protagonista da maldade. O Grande Padre Jesuita deixou Obra e os sus Livros são absolutamente indeléveis , mas, infelizmente, pouco conhecidos pela Igreja Católica e seus fieis . Ainda bem que há um Padre José Luís que fala nele e dele.
Obrigado ângelo pela lembrança e por partilhar comigo a sua cuidada investigação e os «tesouros» que descobre. Enriquece-me muito e o Banquete ganha iguarias imprescindíveis. Bem haja.
Sei o que sofreu este grande teólgo, e acho que ele ganha uma actualidade muito grande com tudo o que se está a passar com a igreja e com o mundo. É preciso recentrar a reflexão e o debate na cosmogonia teológica de Teilhard de Chardin. Os seus textos teológicos são muito belos e merecem ser estudos por todos os que se inquietam com o presente e o futuro da humanidade.
Penso para mim que o projecto de Deus não teria sentido se não criasse o Homem com plena dimensão espiritual e liberdade.São os talentos, é a incorporação de Deus no nosso eu.E penso ainda que esse projecto é individualizado mas sob a sigla de todos diferentes, todos iguais.Se individualizado, não pode ser manipulado em massa, há que o trabalhar, preparar para depois o defender.Hoje, coisifica-se a pessoa, há estereótipos que predominam a sociedade, a humanidade; é a vulgarização.A dimensão espiritual de um individuo não pode ser vulgarizada. Só os teimosos, os resistentes, os "loucos" pugnam pelo projecto inicial Homem/Espírito. Só o Homem/Espírito poderá amar a Deus.É o retorno à mão do Criador.
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