O Pe. João Resina Rodrigues, pertencente ao Patriarcado de Lisboa, morreu na manhã de 3 de Junho, dia do Corpo de Deus, após meses em coma na sequência de uma queda grave.
O funeral realiza-se esta Sexta-feira, às 15h00, após a missa de corpo presente a celebrar na igreja do Campo Grande, às 14h00.
O sacerdote nasceu em Carnaxide, concelho de Oeiras, no ano de 1930, tendo obtido a licenciatura em Engenharia Química no Instituto Superior Técnico no ano de 1953.
Depois de ter sido ordenado padre, em 1959, doutorou-se em Filosofia na Universidade Católica de Lovaina, Bélgica.
Foi Professor Associado Jubilado do Departamento de Física do Instituto Superior Técnico e sócio efectivo da Academia de Ciências de Lisboa.Algumas das suas homilias estão reunidas nos dois volumes de "A Palavra no Tempo".
In Agência Ecclesia
Nota da redacção: É deste cristão-padre a frase mais lúcida e mais clarividente dos tempos da discussão sobre o aborto, repare-se: “A Igreja tem de dizer sempre que o aborto é mal, mas não estou interessado em saber se há leis para condenar. Não quero saber disso”. Que sabedoria e que grande exemplo a seguir pelas autoridades da Igreja, quando têm que pronunciar uma palavra sobre assuntos polémicos. São estas posições sábias que baralham e fazem hesitar os adversários da Igreja. Obrigado padre João Resina. Que o seu testemunho e exemplo de amor à Igreja e ao mundo seja fecundo em todos nós. Paz à sua alma.
2 comentários:
Padre José Luís, conheci o Pe.João Resina Rodrigues em 1969 na Igreja de Santa Isabel e na Capela do Rato onde tive o privilégio de participar em liturgias presididas por ele. Homilias deveras corajosas durante aos quais algums
membros do governo de Marcelo Caetano saiam e depois uma vez acabadas voltavam aos seus lugares e o Pe.João Resina disse-lhes em voz alta que havia pessoas que se sentiam incomodadas com as suas palavras acerca do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja e acabava: " que a Igreja precisava de ser prurificada e renovada. Não bastava cumprir deveres era preciso transformar mentes e corações. Nos colóquis sobre as encíclicas de João XXIII e de Paulo VI nos mesmos templos e repletos de cristãos ditos progressistas, todos participávamos antevendo já que anos depois a ditadura seria extinta. A PIDE sempre presente e a acompanhar os passos do Pe.Resina ao ponto de pedirem ao Patriarca de então, que ele fosse expulso de Portugal. Manteve-se sempre fiel a si próprio condenou o fascismo como condenou a comunismo do Prec. São Homens destes que nos fazem falta tanto à sociedade como à Igreja que ele , Pe.João Resina, tanto amou mas que também criticou quando ela era só "direito canónico" e não Caridade Encarnada na vida dos bairros pobres , que ele visitava sempre e "in loco" tomamva conhecimento com o mundo da miséria humana :droga, alcoolismo, crime e prostituição. Dizia que Deus enviou o seu Filho para dar o recado que o PAI queria um Mundo Outro.-
A Igreja dos Homens livres ficou mais pobre!
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