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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Estalou a guerra na Ucrânia (1)

Apontamento 5

Está à vista o fracasso do diálogo. Mais uma vez emerge o pior que a humanidade sabe fazer, a guerra. É certo que a o coração humano tem imbecilidades que a estupidez desconhece e que três coisas são infinitas: Deus, o universo e a estupidez. Mais uma vez se prova que tal é bem verdade.

Um dia triste que se levanta sobre nós, porque as nuvens negras da incerteza e da preocupação cobrem-nos a cabeça e alma. A incerteza marca o ritmo do pulsar do coração.

O mundo está entregue a loucos, que não olham um centímetro à frente do nariz quanto ao mal que podem causar quando levados pela paranomia, pela loucura do poder e pela irracionalidade das armas.

Os tempos em que se reclama tanto pela fraternidade e pelo diálogo como as únicas vias seguras para atingir os fins, afinal, emergiu outra vez o pior que há dentro do coração humano, o belicismo. Não me ponho ao lado de nenhuma Nato, de nenhuma Rússia e até mesmo do lado da Ucrânia, coloco-me ao lado da humanidade inteira, que não deveria precisar de armas para se entender e atingir os fins pelo único meio saudável que se conhece, a fraternidade e o reconhecimento do outro como seu semelhante.

Para Fernando Pessoa, a guerra é «a estupidez que sacrifica vidas a qualquer coisa inevitavelmente inútil» E acrescenta no Livro do Desassossego: «Não há império que valha que por ele se parta uma boneca de criança». As guerras sejam elas quais forem, as nossas pequenas guerras ou as de larga escala entre nações, revelam a maior das estupidezes humana, que somente encontram lógica e regozijo nas palavras dos vencedores que escrevem a história. Mas, os motivos são sempre  fúteis e as consequências severamente trágicas para a vida, particularmente, para as vítimas indefesas.

Seguro é que a incontornável certeza da guerra, pelas consequências que arrasta, na hora de ponderar os ganhos e as perdas, estas são sempre mais salientes que os outros. Por isso, não à guerra, não à violência e não à conduta da vida pela estupidez, que conduz sempre a humanidade à destruição e à morte.

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