O Cristianismo, marcado por tantos momentos
trágicos, onde descobrimos também o quanto foi prejudicial à humanidade, contrariando o que preconizava na sua
essência, o amor ao próximo como a única possibilidade de
entendimento e salvação humana. Mas, se foram muitos os algozes dessa fatalidade infeliz, como pioneiros do
horrendo e da maldade contra as pessoas, também há os que foram mártires e pioneiros
do amor, ao jeito de Jesus Cristo, a favor da libertação humana.
Porém, apercebemo-nos hoje que o amor não parece ser
o caminho. O ódio e a intolerância marcam os dias. Por isso, não sendo possível
o caminho do amor, seja o espanto ou o assombro do mistério que abraça a
todos sem distinção. Jorge Luis Borges confirma isso mesmo: «Não é o amor que
nos une, mas o espanto».
É preciso escolher um caminho entre os vários caminhos que estão aí presentes diante dos olhos de todos. O que queremos mesmo para nos salvarmos, é o espanto, é a vida ou são as bombas, a guerra...
O espanto, até pode ser no lugar do amor, como já dissemos. A vida é a maior riqueza e não temos alternativa a esta. A guerra, arrasta destruição e morte. Tudo são evidências incontornáveis.
Seguro é que no caminho da guerra sofrem e morrem os povos, e ficam feridas com agudo sofrimento
insanável para sucessivas gerações. O Papa Francisco disse-o sem tibieza: «A
guerra é feita pelos governos e é padecida pelos pobres e pela gente comum».
Não nos faltam provas cabazes que confirmam a acutilância deste pensamento.
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