Não
vás para longe!
vem
aconchegar o meu peito
aqui
junto à fonte da água viva em mim...
Tenho
uma vontade doida de contar-te
que
adiar a paz é loucura sem fim.
Não
vás para longe;
porque
eu apenas vejo é aqui.
mas
se o olhar não cintila como antes,
e
se as tuas palavras são picantes,
volta
para o teu teatro onde não sentes.
Não
vás para longe!
Tenho
receio de uma queda fatal,
o
silêncio deste momento é pesado…
É
o uivar do vento nas folhas,
há
morte sem amor e ninguém que as recolha.
Não
vás para longe!
vive
como antigamente,
nunca
era demais o sentido abraço,
que
havia entre Deus e os Homens…
Agora
um grilhão de ferro,
é
cravo para um embaraço,
onde
é hesitante e depois,
que
nos perde é o cansaço e a inquietação.
Deves
pensar que é inglório,
em
vez de matar ceder o coração.
Não
vás para longe!
Fica
entre nós. O tempo é tão cedo!
Os
canhões continuam a ribombar,
são
as nuvens quando lhes dá para trovejar,
cai
a tempestade sobre os ramos sofredores
por
isso estou eu a pensar,
que
tenho medo
de
um mundo que não lavra,
a
simbiose do silêncio e a palavra.
Não
vás para longe!
Pela
sombra negra da solidão,
como
que sem pés e sem ideais,
volta
para junto das águas que eu conjugo,
levado
pela corrente nos beirais,
onde
eu andei livre nos tempos estivais.
Não
vás para longe!
Eis
que além se avista o sossego,
uma
alma em ti contra o cansaço,
é
um chão fértil que a lâmina cava…
O
céu rasgado em duas metades
Como
uma paixão,
é
sempre o mais alto da luz que brilha
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