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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Quaresma: tempo para reconstruir a vida

Iniciamos hoje, Quarta feira de cinzas, um novo tempo na liturgia cristã, é o Tempo da Quaresma. É um tempo que se identifica com o deserto, com um retiro de 40 dias para simbolizar os 40 anos de travessia do povo de Deus no deserto após a libertação do Egipto sob o comando de Moisés até à terra prometida. Tendo em conta o propósito apresentado, partilho com os meus leitores este belíssimo poema que explica bem o que é o deserto e como ele pode ser positivo ou negativo na nossa vida. O deserto da vida e nele as tentações, que podem fazer tanto de bom como tanto de mau. Não tenhamos medo do deserto nem das tentações. Tudo serve para robustecer a alma que vai ao encontro de Deus. Logo após o poema deixo-vos uma pequenina história que ilustra bem como pode ser feita a nossa viagem neste mundo. Deus está lá sempre, basta confiar com verdade… Boa Quaresma para todos.
Viagem no deserto
abre-nos, Deus, a porta
através das águas
para a grande viagem no deserto:
o combate com a morte no campo da vida,
a travessia dos limites, a nebulosa dos olhos
não se ensurdeça o nosso coração
porque a luta noctuma com o teu Nome
nos deixou no corpo marcas
dá-nos a graça de atravessar o riacho da vida
mesmo coxeando;
que caminhemos com a ligeireza
e a elegância do animal
que busca o esplendor do verdadeiro
nas coisas provisórias
e que desse combate com as imagens
nos aproximemos do horizonte da tua casa
donde vejamos as sementes do amor cobrindo a eira,
Deus que ligas o céu e a terra no teu Filho Jesus
e no Espírito
José Augusto Mourão
In O Nome e a Forma, ed. Pedra Angular
A vida numa história:
Sonhei que caminhava à beira do mar com Deus e revia no écran do céu todos os dias da minha vida passada, e por cada dia transcorrido apareciam na areia duas pegadas, as minhas e as de Deus. Mas em alguns momentos, precisamente naqueles que correspondiam aos dias mais difíceis da minha vida, vi apenas uma pegada.
Então disse: - Senhor, escolhi viver contigo e Tu prometestes que estarias sempre comigo. Por que é que me deixaste só nos momentos mais difíceis? Ele respondeu-me: - Sabes que te amo e nunca te abandonei. Os dias nos quais há apenas umas pegadas na areia são aqueles em que eu te levei nos meus braços.
(autor desconhecido)

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