Liturgia 15 de Agosto
Primeira leitura: Ap 11,19a;12,1-6a.10ab)
O dia da Assunção de Maria, entre nós é vulgarmente denominado de Nossa Senhora do Monte, padroeira da Madeira. Pela Madeira dentro vamos encontrar também para este dia várias invocações para o mesmo evento mariano e para a mesma entidade, Maria de Nazaré, a Mãe de Deus. Algumas pessoas ficam intrigadas com os vários nomes atribuídos a Maria. Não tem nada de estranho, visto que na tradição bíblica e depois na tradição judaico-cristã, vamos encontrar várias designações para os acontecimentos e para as figuras principais da religião. Por exemplo, Deus, o Espírito Santo, Jesus Cristo e Nossa Senhora.
Quanto às leituras que hoje nos são propostas,
destacamos três palavras, uma de cada leitura: luta, ressurreição e esperança.
A luta da visão do Apocalipse entre a mulher e o dragão, é a luta para quando
estamos fracos; nas dificuldades; nas tentações nas perseguições… O exemplo de
Maria para esses momentos ajuda-nos.
Detenhamo-nos no momento em que Maria junto da Cruz
está sofrendo e padecendo. Esta maternidade sofrida continua no tempo. Maria no
céu acompanha todos os padecimentos do tempo onde a maternidade é sofrida. Se
neste mundo nos é dada uma mãe para nascermos, para a vida terrena, no céu,
Deus deu-nos a Sua Mãe para sermos gerados na ordem do sobrenatural, da vida
eterna, a vida divina. Por isso, não devemos descurar a intimidade com ela,
falando-lhe do nosso carinho, da nossa gratidão, das nossas lutas, dos nossos
êxitos, dos nossos sucessos e insucessos, das nossas tristezas e alegrias,
felicidades e infelicidades… Devemos falar-lhe do que somos e do que temos.
A segunda leitura fala da ressurreição. Jesus entrou
de uma vez por todas na vida eterna com toda a sua humanidade, a qual ele
recebera de Maria. Nós com Ele e por Ele, também entraremos nessa dimensão da
vida plena e eterna.
No Evangelho descobrimos a esperança. A esperança é
a virtude daqueles que, experimentando o conflito, a luta diária entre a vida e
a morte, entre o bem e o mal, creem na Ressurreição de Cristo, na vitória do
Amor. Escutamos o canto de Maria, o Magnificat: é o cântico da esperança, é o
cântico do Povo de Deus no seu caminhar através da história.
Sobre a esperança, o Papa Francisco diz: «Se não há
esperança, nós não somos cristãos. Por isso gosto de dizer: não deixeis que vos
roubem a esperança. Que não vos roubeis a esperança, porque esta força é uma
graça, um dom de Deus que nos leva para frente, olhando para o Céu. E Maria
está sempre lá, próxima dessas comunidades, desses nossos irmãos, caminhando
com eles, sofrendo com eles, e cantando com eles o Magnificat da esperança».
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