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terça-feira, 18 de maio de 2010

Diocese do Funchal faz festa. Porque...

Um postal para ler neste dia de festa:
Parabéns ao sr. Bispo do Funchal.
Dia 19 de Maio, é o 3º Aniversário da entrada e tomada de posse na Diocese do Funchal de D. António Cavaco Carrilho.
Balanço, para quê... Tudo está bem neste reino do bailinho da Madeira.
Bastou ouvir a entrevista do padre-juiz da Diocese do Funchal dada à televisão do «povo superior». Ao que isto chegou. O rumo que leva não nos anima muito e não augura futuro melhor para ninguém. Como me repugna a mentira, o branqueamento, as acusações fundamentalistas, a linguagem tribunalesca (anti-Evangelho duro), a defesa do indefensável, a camuflagem, o atrevimento e a atitude do jagunço a defender o dono.
Basta de ordinarices que nos envergonham. Basta de vozes atabalhoadas, confusas que metem os pés pelas mãos comprometendo todos e que em vez de melhorar a imagem das figuras da igreja ainda as afunda mais. Basta de dizer coisas, qual picareta falante, sem nexo e sem consistência de verdade.
Não chega o descrédito de uma igreja vergastada pelos escândalos e a vergonha dos abusos sexuais de membros do clero? Não chega uma igreja desacreditada depois do que aconteceu com a Visita da Imagem Peregrina de Fátima a Machico? Não chega a confusão de uma igreja mergulhada num activismo inconsistente, pouco pensado? Não chega uma igreja que se arrasta com problemas que demoram anos e anos a serem resolvidos? Não chega uma igreja que muito faz pelo parecer e quase nada para ser fermento de Evangelho? Não chega uma igreja que não sabe conviver saudavelmente com a diferença? Não chega uma igreja que não tolera uma crítica, só se for a favor, contra nunca? Não chega uma igreja ligada ao poder político e quem disso falar contra é acusado de ser cego? Não chega uma igreja que no Ano Sacerdotal, em vez de aprofundar e apresentar o verdadeiro sentido do ser padre (o sacerdote) nos tempos de hoje, apresenta-se o padre-juiz defensor de leis que nada dizem ao comum dos fiéis e muitas delas profundamente anti-Evangelho puro? - Meu Deus, por favor, envia-nos o Espírito Santo...

2 comentários:

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Padre José Luis, que grande coragem. Até parecia Paulo a discordar de Pedro. Esta sua Carta, o Sr. Bispo Carrilho deveria lê-la, reflecti-la e meditá-la e não reunir com os comparsas de sempre para criticar numa atitude de desprezo ou mandar para o "caixote do lixo". Há três anos que D.António chegou não fez nenhuma mudança, continuou com a equipa (secretário, vigário-geral, leigos) que vinha de trás, por conseguinte, a novidade gorou-se. E temos um bispo, cuja pastoral é igual ao outro. A Igreja na Madeira, exceptuando o meu Ilustre Amigo, creio, que não tem mais ninguém. Tudo caiu na mornaça. Nas procissões, velas, terços, confrarias e se há debate na Igreja do Colégio sobre encíclicas ou outros documentos , é com gente da direita política. Pessoas que querem sempre manter o amplexo trono/altar.Nada de embaraços perniciosos.
Só homens como o senhor é que isto ainda pode sentir-se o perfume inebriante do Vaticano II. O poder político regional sabe que pode contar com uma igreja tímida e inibida.E sendo assim não há Evangelho. As promoções são feitas de acordo com a submissão . Os discordantes de D.Teodoro continuam de fora. Não há lugar para eles nesta igreja madeirense. Força, meu querido Amigo. Seja sempre uma voz profética neste vazio, neste deserto...Um abraço

M Teresa Góis disse...

Voltei ao Areópago! Como compreendo a sua indignação! Nunca pensei chegar ao ponto de ver o povo simples da Madeira, muitos fiéis devotos e pouco letrados, com a descredibilidade sobre certos sectores do clero, como se vê e ouve hoje em dia. Como Amiga devo avisá-lo contra os olhados que lhe podem cair na cabeça,sem contudo o atingirem. É difícil acreditar, proclamar e agir com e como no Evangelho. Só mesmo com a ajuda do Espírito Santo e que Ele o ajude e proteja.