Na aldeia de Săpânţa, na Roménia, há uma bizarra atração turística.
O cemitério local, conhecido como o Cemitério Alegre, difere da esmagadora maioria de locais semelhantes no mundo.
As centenas de lápides são um mar de cores vivas, onde predomina o azul. Esculpidas em madeira, as lápides contêm poemas que sintetizam a forma como viveu, ou como morreu, a pessoa que lá se encontra sepultada.
A tradição é recente. Stan Ioan Patras começou a gravar as primeiras lápides em 1935. Quando morreu já tinha treinado sucessores e foi ele próprio enterrado debaixo de uma lápide onde se lê:
Desde pequenino
Me chamaram Stan Ion Patras
Ouçam-me boa gente
O que eu digo não são mentiras
Todos os dias da minha vida
Não desejei mal a ninguém
Mas só e apenas o bem
A quem quer que me pedisse
Ó meu pobre mundo
Como foi dura aqui a minha vida.
Filipe d'Avillez /// Fotografia: Franz Bauer © SNPC
1 comentário:
Como seria bom que cada um de nós pudesse ter gravadas na lápide, mas mais na Vida, estas singelas palavras!
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