Domingo XIV Tempo COmum
04 Julho de 2010
O envio
O tema deste domingo é «o envio». Jesus envia os seus discípulos para o meio do mundo. Todos nós cristãos fomos chamados e somos enviados para anunciar a Boa Nova de Jesus entre todos os povos, este ensinamento pode ser feito através da palavra e principalmente através da vida, do testemunho. É na alegria de viver o nosso ser cristão que mostraremos o sentido que tem Cristo para as nossas vidas.
O cristão é chamado a viver uma relação de amor que qualifica a sua vida, pois, «na verdade, é Deus que produz em nós tanto o querer como o fazer, conforme a Sua vontade» (Fl 2,13). A vida divina age incessantemente na nossa pessoa. Exige dela um modo de vida coerente com os ensinamentos de Jesus Cristo pois, estes tornam-se vida interior: «Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim (...) «ninguém me importune, porque eu trago no meu corpo os estigmas de Jesus» (Gl 2,20; Gl 6, 17).
Mas, o grande desafio é ser enviado para o meio de lobos. Jesus envia para o meio do mundo, onde haverá gente muito boa, mas também gente muito má. Ambos precisam do amor de Jesus. Muitos homens maus e mulheres más são bons e amigáveis com as pessoas de quem gostam.
O nosso verdadeiro carácter revela-se quando temos que nos doar aos agressivos, aos traidores e arrogantes, quando somos colocados à prova e temos que amar as pessoas de quem não gostamos tanto ou têm atitudes más. Assim, o ser discípulo de Jesus está ligado ao carácter, à paciência, à bondade, à humildade, à abnegação, ao respeito, à generosidade, à honestidade e ao compromisso... Muito precisa o mundo disto.
José Luís Rodrigues
Imagem: www.gilson.art.br.
2 comentários:
Jesus é o Caminho. E a nós compete-nos escolher. E fazemo-lo, às vezes saindo fora das bermas, às vezes tropeçando...é o crescimento! Penso que quem não vende a sua dignidade consegue, mesmo se com sequelas, enfrentar "os lobos" deste mundo. Não é fácil, mas Jesus também não disse que era fácil; apenas disse que era possível.Para isso precisamos apenas da Sua palavra, a palavra Mãe, e fazer caminho. O mais são danos colaterais, superáveis.
Padre José Luís, O Evangelho é peremptório. Sugere a pobreza radical.Nos tempos actuais ninguém pede aos padres que andem descalços,com vestimentoas rotas como S.Fracisco de Assis. A radicalidade do Evangelho que Jesus nos propõe é que sejamos pobres no nosso íntimo. Tenhamos um coração de pobreza.Abandonando o que é materialmente causa de divisão entre os irmãos e irmãs.Tendo como horizonte o ter:Mais dinheiro, mais poder, mais prestígio em detrimento de quem não tem nada disso. E, se possível, esmargarmos cada vez mais quem não tem. O mundo actual põe as grandes vedetas do dinheiro, da politica-domínio, da igreja(s) , do espectáculos todos à cobiça do mundo, destruindo a fraternidade, sororidade, com a propensão para a desigualdade, e do prestígio individual.O Reino de Deus é solto.Livre.Inaugura uma nova Humanidade sem cariz ideológico, mas uma motivação da nossA FÉ. Crer em Jesus é ser partidário de uma sociedade sem hierarquias e sem degraus sociais. Todos são irmão e irmãs de coração, porque o templo do Senhor está nessa Igualdade onde "não haverá choro nem ranger de dentes". Quem acredita em Jesus põe de parte a grandeza do papado e do bispado e é parturiente de uma Humanidade Livre e Independente aos grandes senhores onde "não haverá nem homem nem mulher, nem grego nem romano, nem escravo nem homem livre" porque todos fugiram do vaticano, isto é, portadores de uma NOva iGREJA :a de JESUS. A Nova Jerusalém terrena.Limpida. Ecológica pq Ecuménica e Universal.OIKOS:Casa Comum, Gerir a Causa Pública e Universal.
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