Afinal, parece que o Vaticano não quer que se acabe com o feriado de 15 de agosto (Assunção de
Nossa Senhora). Prefere pôr fim ao 1 de novembro (Todos os Santos), disse ontem a notícia no "Público" e na Ecclesia.
Já em muitas circunstâncias tenho exprimido uma opinião coincidente com o Vaticano. Neste sentido acho muito bem que se acabe com o feriado do Corpo de Deus e com o 1 de Novembro. Podem perfeitamente serem celebrados no domingo seguinte.
Quando ao feriado de 15 de Agosto, acho que não deve acabar e tenho expressado alguns motivos que me parecem importantes. O mês de Agosto é tempo de férias, os imigrantes visitam as suas terras e muitos até o fazem a pretexto das festas em honra de Nossa Senhora (entre nós a Senhora do monte e as várias invocações a Nossa Senhora não devem ser esquecidas).
O critério para o fim dos feriados religiosos, deve ser este a meu ver e que não teve qualquer atenção da hierarquia da Igreja Católica portuguesa que lançou para o ar datas arbitrariamente (o Cardeal Patriarca de Lisboa foi um deles). As datas que são significativas especialmente para as populações concretas e onde se realizam festas bastante concorridas, exactamente, como é feriado de 15 de Agosto, nunca devem ser postas em causa. Porém, outras datas, mais de carácter universal, como é o caso do 1 de Novembro (Todos os Santos) e o dia do Corpo de Deus, que não implicam uma simbologia específica para comunidades concretas, podem, perfeitamente acabar e as suas respectivas invocações serem celebradas no domingo seguinte.
Se não estiveram em cima da mesa estes critérios para que o Vaticano viesse apresentar a sua opção neste sentido, pouco importa... Mas, sejam quais forem os critérios seguidos pelo Vaticano, considero que a sua opção faz prevalecer maior equilíbrio em relação à posição inicial apresentada por alguma igreja portuguesa.
José Luís Rodrigues
Imagem Google...
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