Todos
nós estamos de acordo que o mundo actual está pautado pelo mediatismo e quase
nada tem existência se não passar pela comunicação social. Até aqui tudo bem e
estamos falados quanto a este aspecto. Porém, pede-se e desejamos que os
agentes da comunicação social sejam honestos no anúncio das notícias.
De
que falamos, quando falamos de «jornalismo terrorista»? - Falamos de um
jornalismo resultado de um (sublinho um) telefonema de alguém descontente com
qualquer situação, logo se aciona um jornalista de telemóvel em punho, para
entrevistar o descontente, mais duas ou três pessoas (se as encontrar) e
fotografar o que for para fotografar. Elabora-se a notícias como se fosse
resultado de um vasto leque de entrevistas e como se de ambas as partes
estivessem um batalhão de pessoas. A este jornalismo chamo de «jornalismo
terrorista», porque irresponsável, sem o devido cuidado pela verdade dos factos
e a dignidade das pessoas em causa.
Esta
forma de jornalismo só cria injustiças e muito sofrimento. Por causa desta
forma de fazer jornalismo, os meios de comunicação social caiem num descrédito
muito grande. A credibilidade das notícias está na rua da amargura. A seguir
esta rede de descrédito contamina toda a sociedade, como se fosse uma bola de
neve que enrola a política, a religião e a sociedade em geral.
Alguns
consideram que é disto que a sociedade se alimenta e que o público não prescinde
de vítimas imolado pelo crivo do julgamento arbitrário sem provas e sem um
aturada investigação pela justiça humana, mas não se deve descer ao nível do
calhau para que se cumpra a missão de informar. Se quem deve elevar o nível não
o faz, não contribui para o crescimento das pessoas nem muito menos ajudar a
chegar ao fim da incultura que nos rodeia…
Os
assuntos tratados com esta ligeireza, ficam na mente das pessoas em geral só
pela rama, porque são cada vez menos os que se preocupam com a seriedade e
veracidade das coisas, basta que o jornal e a televisão tenham falado para ser
verdade, não importa que tenha tomado o todo pela parte nem que tal inverdade
tenha causado sofrimento e injustiça. As pessoas em qualquer forma de
terrorismo pouco importam.
Esta
comunicação social não serve, não educa e não informa. As notícias relacionadas
com a Igreja são matéria incandescente, por isso, não são precisos muitos
descontentes e muitos telefonemas para denunciar a coisa mais mínima, desde que
meta padres ou algo com eles relacionado é suficiente para incendiar uma nação.
Mas, é preciso mais seriedade e mais equilíbrio para que as coisas não se
pareçam tanto com perseguição desenfreada nem muito menos com campanhas
orquestradas para provocar a mais pura desordem e vitimar as pessoas tomadas no
seu todo a partir de uma pequena e ínfima parte.
Penso
que os jornalistas não precisam de ser tão pouco sérios e podiam obedecer mais aos
valores e princípios éticos que qualquer actividade profissional acarreta. A
bem do nosso mundo e a bem do jornalismo, é preciso mais verdade e cabe aos
jornalistas procurarem todas as formas para dignificarem a sua classe. E, por
fim, o jornalismo tem um papel importante na regulação da Democracia, porque
deve ser denunciador verdadeiro de todos os abusos e atentados contra o sistema
democrático e contra a pessoa humana. Se ao contrário for, lá teremos de
concordar com os que dizem que muito do jornalismo actual é um «jornalismo de
sarjeta».
1 comentário:
O défice de investigação é por vezes notório. Dantes, na outra senhora, era bem pior...
Enviar um comentário