Os
teus olhos derramam tristeza
sob
a pressão do mundo
onde
verte a traição da inveja
mais
os dias sombrios desta visão
incontida
do aperto frio que aí dentro
sente
um coração de carne
na
sensibilidade da solidão que se ouve
no
alpendre das sombras da paisagem
feita
de nuvens, noite e horizonte.
Neste
deambular sentido no choro
desvelam-se
as mãos e a amizade
que
faz glória interior aliviada pela libertação
porque
se sabe aqui e agora
nos
meandros esquisitos do tempo
que
tudo na vida sabe a mel
quando
os dias se contam na solidariedade
daquele
momento que a vida fez espelho
de
amor que se move e comove sem engano
na
atenção segura do olhar da presença oblíqua
que
o espelho da vida sempre multiplica.
Nada
é difícil e insuperável nos percalços das sombras
da
inverdade que comanda a relação quando
condimentada
de falsidade torpe e torta
porém
tudo se dissipa no alivio daquele que vem
e
se escancara no encontro como se fosse uma porta.
José Luís Rodrigues
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