Para o nosso fim de semana. Sejam felizes sempre...
Cândido Portinari. Museu Casa de Portinari |
Um
dia na vida
alguns são heróis anónimos
do fogo bravo
que nos consome os dedos
a língua entre as brasas
da revolta desta pobreza
cheia de dinheiro.
São estes os culpados
da podridão de gravata
à mesa de gabinetes
engomados
com as nossas cabeças
e alimentados com o pão dos outros.
É este drama que arde
a canalhice toda
dos pérfidos sentidos
que o cancro da máquina
engendra privilégios
que consomem o caminho de todos.
Tem sido esta voracidade
a irrigar as artérias
alguns são heróis anónimos
do fogo bravo
que nos consome os dedos
a língua entre as brasas
da revolta desta pobreza
cheia de dinheiro.
São estes os culpados
da podridão de gravata
à mesa de gabinetes
engomados
com as nossas cabeças
e alimentados com o pão dos outros.
É este drama que arde
a canalhice toda
dos pérfidos sentidos
que o cancro da máquina
engendra privilégios
que consomem o caminho de todos.
Tem sido esta voracidade
a irrigar as artérias
todos
os montes e vales
deste tempo
sem modos nenhuns
que vão fazendo verter
as lágrimas da dor
pela solidão e abandono.
Neste quadrado
somos todos
o singelo produto
o número frio
ou o nome qualquer
na massa do mundo
que dita o fim da vontade
porque eles não gostam
da graça da liberdade.
E do meio das cinzas
a suave sensação
é a certeza
que a indignação é pão.
deste tempo
sem modos nenhuns
que vão fazendo verter
as lágrimas da dor
pela solidão e abandono.
Neste quadrado
somos todos
o singelo produto
o número frio
ou o nome qualquer
na massa do mundo
que dita o fim da vontade
porque eles não gostam
da graça da liberdade.
E do meio das cinzas
a suave sensação
é a certeza
que a indignação é pão.
JLR
Sem comentários:
Enviar um comentário