1. As escolas públicas em França estão prestes a eliminar a designação de «pai»
e «mãe» nos formulários, de forma a não discriminar as pessoas do mesmo sexo. Segundo
o jornal «Libération», os formulários devem passar a ter «parente 1» e «parente
2», em vez de «pai» e «mãe». Também já vi em outras notícias «responsável 1» «responsável
2», já vi também simplesmente: «encarregado 1» e «encarregado 2». E em outro
«encarregado de educação 1» e «encarregado de educação 2». E ainda «progenitor
1» e «progenitor 2». Já dá para perceber a confusão que para aqui vai.
2. Enfim, nomes e mais nomes para
substituir o insubstituível. Por aqui vemos logo a confusão que esta ideia
esquisita começa a gerar. A criatividade humana não tem limites pelo que se
vê. Longe de mim imaginar que alguma vez na vida estaria para a aqui a perder
tempo e massa cinzenta com um assunto desta natureza. O que faltará para nos
surpreender ainda mais este mundo e a esta humanidade… Não há limites, pelo que a vida nos ilumina.
3. Provavelmente, abaixo de Deus Todo
poderoso o que temos de mais sagrado são os nossos progenitores, os nossos pais. Daí ser parte da nossa existência intocável. O seu respeito toca a todos, principalmente, as entidades dos Estados, que deviam zelar por esta dimensão da vida de cada pessoa. É muito bem o Estado os problemas que tem que resolver quando falha a missão de ser «pai» e «mãe».
4. É verdade que a inclusão do que é diferente deve ser uma preocupação da sociedade inteira,
particularmente, do Estado, a quem compete zelar pelo bem dos cidadãos todos.
Porém, nunca essa inclusão deve ser à custa dos valores e princípios que desde sempre
enformaram a humanidade, que contribuem para o seu progresso e bem estar. Sim, qualquer ideia de incluir o diferente implica a
obrigação de mudança de mentalidades e de comportamentos, mas sem tirar-nos
aquilo que faz parte da génese do ser pessoa, do ser gente.
5. A vontade de banir do meio escolar a
designação «pai» e «mãe», vai acarretar uma série problemas, que agudizarão as
fragilizadas relações parentais que assistimos hoje. As crianças cada vez mais
cedo saiem da alçada dos pais, por causa da vida envolvente dos nossos tempos, Ficam cada vez mais tempo entregues ao domínio da escola, se aí deixam de ouvir
falar das palavras mais efetuosas da vida, «pai» e «mãe», não sobrará nada para
saborearem no pouco tempo que lhes sobra lá em casa junto dos seus
progenitores. Uma medida que requer reflexão ponderada e que deve ter em conta todas as pontas.
6. A meu ver é uma ideia grave. Um recuo
civilizacional, que não contribuirá em nada para incluir quem pretendem que seja
incluído, mas pelo contrário, noutro campo suscitará graves problemas nas
paupérrimas relações entre pais e filhos que tanto afligem os tempos atuais. Espero que o bom senso impere e que
em qualquer lugar da vida ninguém fique privado de sentir que a sua principal proteção
está no coração do «pai» e da «mãe».
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