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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Olhar para si para ver a alegria da vida


1. A necessidade de parar para pensar a história pessoal deve ser uma constante da vida. Também a pessoa não é se não procurar pensar o seu modo de ser no que diz respeito ao passado, enquanto está a viver e quanto à perspectiva do futuro. Será muito importante esta preocupação em relação ao passado, ao presente e ao futuro na procura da felicidade.

2. O antigo Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes dizia: «Somos como o canhão, recuamos para que o projétil vá ainda mais longe». Esta necessidade de parar e de fazer silêncio, é muito importante para pensar a vida e tudo o que ela implica para a o bem próprio e do mundo. Muitas vezes o ficar quieto e o estar calado não significa, de modo nenhum, subserviência ou passividade perante as coisas que passam, mas significa procura lúcida de um bem próprio para melhor servir a vida e o mundo.

4. A paixão pela vida, pelo que sou e pelo que posso dar, obriga-me a olhar a própria história com amor e compaixão para depois me relançar outra vez sobre o que sou. Olhar a própria história é a possibilidade de reconciliar-se consigo mesmo, harmonizar o espaço, organizar-se, criar espaço para poder funcionar e relançar-se outra vez sobre as coisas da vida.

5. É preciso valorizar e acolher com amor aquilo que somos e temos dentro de nós. Não há outra história da salvação de Deus à margem da nossa história pessoal. A história da salvação é a história da humanidade. Estar contra esta forma de pensar a ação de Deus é violar o projeto de salvação de Deus para o mundo e para a humanidade toda.

6. Agora peço-vos um pequeno exercício de adaptação. Reparemos na frase de Martin Buber: «Deus não me pedirá contas de não ter sido Francisco de Assis ou mesmo Jesus Cristo. Deus vai pedir-me contas de eu não ter sido completa e intensamente Martin Buber».

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