1. A necessidade de parar para pensar a história
pessoal deve ser uma constante da vida. Também a pessoa não é se não procurar
pensar o seu modo de ser no que diz respeito ao passado, enquanto está a viver
e quanto à perspectiva do futuro. Será muito importante esta preocupação em
relação ao passado, ao presente e ao futuro na procura da felicidade.
2. O antigo Bispo do Porto, D. António Ferreira
Gomes dizia: «Somos como o canhão, recuamos para que o projétil vá ainda mais
longe». Esta necessidade de parar e de fazer silêncio, é muito importante para
pensar a vida e tudo o que ela implica para a o bem próprio e do mundo. Muitas
vezes o ficar quieto e o estar calado não significa, de modo nenhum,
subserviência ou passividade perante as coisas que passam, mas significa
procura lúcida de um bem próprio para melhor servir a vida e o mundo.
4. A paixão pela vida, pelo que sou e pelo que posso
dar, obriga-me a olhar a própria história com amor e compaixão para depois me
relançar outra vez sobre o que sou. Olhar a própria história é a possibilidade
de reconciliar-se consigo mesmo, harmonizar o espaço, organizar-se, criar
espaço para poder funcionar e relançar-se outra vez sobre as coisas da vida.
5. É preciso valorizar e acolher com amor aquilo que
somos e temos dentro de nós. Não há outra história da salvação de Deus à margem
da nossa história pessoal. A história da salvação é a história da humanidade.
Estar contra esta forma de pensar a ação de Deus é violar o projeto de
salvação de Deus para o mundo e para a humanidade toda.
6. Agora
peço-vos um pequeno exercício de adaptação. Reparemos na frase de Martin Buber:
«Deus não me pedirá contas de não ter sido Francisco de Assis ou mesmo Jesus
Cristo. Deus vai pedir-me contas de eu não ter sido completa e intensamente
Martin Buber».
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