Lutar contra a pobreza é lutar pela igual fraternidade de todas as pessoas, crianças ou idosos, deficientes ou não.
Foi com grande alegria e sincera humildade que acolhemos a Palavra de Bento XVI, na Encíclica Caritas in Veritate: A solidariedade sem a subsidiariedade induz ao assistencialismo que humilha o sujeito pobre ou excluído.
Oh! Quantas pessoas e Instituições o fazem apesar de boas intenções.
Lutar contra a pobreza é um acto nascido do Amor gratuito (porque não relembrar o exemplo do Bom Samaritano) de quem nada se espera em troca do que foi feito à pessoa injustiçada ou espoliada da sua dignidade, dos seus direitos, da sua felicidade.
Mas não há amor sem justiça.
O que pratica a injustiça não pode lutar contra a pobreza, antes pelo contrário, gera-a, promove-a, mantém-na, e provoca a discriminação entre os humanos e faz aumentar o fosso entre ricos e pobres.
Quem não ama, quem não tem Deus no coração, nem louva a Deus nem serve os homens.
Vivemos numa ditadura económica, que rouba a muitos homens e mulheres a sua dignidade, a sua liberdade, a sua justa igualdade de cidadãos, a sua confiança n’ Aquele que os criou e os ama para serem felizes.
De facto ninguém é dono de ninguém!
O exercício da recusa ou do impedimento dos direitos humanos a alguém é um crime, porque roubou os valores mais sagrados do ser humano: a vida, a alegria, e se calhar a esperança.
Salvemos o homem todo e todos os homens.
Salvemos o homem na sua integralidade, tal como Cristo o ama.
Cristo deu a sua vida para que todos fossemos realmente livres.
Todos ajudamos a matar o outro (ainda que inconscientemente) quando por nossa culpa deixamos crianças, doentes e idosos, morrer à fome e sem carinho; ou o ignoramos como pessoas.
É a cada um de nós que tudo isto nos deve envergonhar, e não às vitimas do nosso pecado de injustiça e desamor.
Mudemos o nosso comportamento (atitude) e com ela mudará o Mundo!
Pe. Jardim Moreira
Presidente da EAPN Portugal
6 de Outubro 2010
Nota: No dia em que a EAPN – Portugal (Rede Europeia Anti-Pobreza) celebra a sua Focus Week com vários eventos não quis deixar de expressar o meu sentir pessoal nesta hora de profundas interpelações.
O Pe. Jardim Moreira, é a figura europeia que, recentemente, também foi vítima de enxovalho na Madeira, porque, simplesmente, pensa pela sua própria cabeça, coisa que incomoda alguma Madeira.
2 comentários:
Lido o texto e o comentário, algumas verdades. A Pobreza existe, queiram ou não escamotear o problema, é uma realidade. Quem não se sente incomodado ao ver a corrida aos caixotes do lixo dos supermercados pela calada da noite?Quem não se sente RESPONSÁVEL? Sim, porque mesmo na nossa rua, no nosso bairro ou freguesia, fazemos -tantas vezes- o preceito da ignorância.
Na Madeira subserviente a um rei, o "Único Importante" tal como o próprio se auto intitulou, toda a palavra ou acção que belisque o traje do rei ou da sua corte, é alvo de humilhação. Felizmente que esses tem valores para não se sentirem ofendidos, mais a mais vindo a ofensa de quem vem.
Haja paciência, tolerância e discernimento.
Querido amigo, a miséria está cada vez mais tomando conta do mundo, existem meia duzia de milionários e legiões de pobres que não tem sequer água para beber. Alguma coisa tem que ser feita para melhorar a situação desses pobres infelizes. Beijocas
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