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quinta-feira, 31 de março de 2011

Teilhard de Chardin: um filho do Céu e da Terra

Grande figura do século XX. Olhado com desprezo pela Igreja oficial. Mas depois acolhido com entusiásmo e todo o seu pensamento reintegrado e tomado como doutrina da Igreja. Morreu em dia de Páscoa. Só podia ter morte no dia mais belo do cristianismo, quem pensou a vida como explosão cósmica. Para nós cristãos a redenção cósmica acontece nesse dia maravilhoso de cada ano, o Domingo de Páscoa. E a morte de cada pessoa é a Sua Páscoa. Repare-se no que diz do Padre Teilhard de Chardin o Papa Bento XVI em 2009. Deveras curioso...

Jesuíta, teólogo e paleontólogo, o padre Teilhard de Chardin no livro a “A minha fé” dirá que «A originalidade da minha crença está em possuir as suas raízes em dois domínios de vida habitualmente considerados antagónicos. Por educação e formação intelectual, pertenço aos “filhos do Céu”. Mas, por temperamento e pelos estudos profissionais, sou um “filho da Terra”».
No dia 24 de julho de 2009 na sua homilia proferida na celebração litúrgica das Vésperas na Catedral de Aosta, o Papa Bento XVI evocava o padre Teilhard de Chardin, a propósito da função do sacerdócio ser a consagração do mundo, com as seguintes palavras: «A função do sacerdócio é consagrar o mundo a fim de que se torne hóstia viva, para que o mundo se torne liturgia: que a liturgia não seja algo ao lado da realidade do mundo, mas que o próprio mundo se torne hóstia viva, se torne liturgia. É a grande visão que depois teve também Teilhard de Chardin: no final teremos uma verdadeira liturgia cósmica, onde o cosmos se torne hóstia viva.»
O padre Teilhard de Chardin muda-se para Nova York em 1951, onde viria a falecer no dia 10 de abril, Domingo de Páscoa, de 1955.

2 comentários:

Cambará Cultura disse...

Lembro-me das aulas de filosofia nos anos sessenta em que a curiosidade sobre Chardin era imensa...Época de radicalismos, a filosofia do "quod est probandum" não dava espaços a novas ideias e a riqueza do evolucionismo Teillardiano se erdeu para nós! O pior é que levamos para toda a vida aquilo que nossos professores nos ensinaram!

M Teresa Góis disse...

Chardin foi, e é, um mestre do humanismo Cristão.Viveu plenamente a mensagem de Cristo, até na perseguição que lhe foi infligida. Felizmente, reconhecido o erro, reabilitaram um grande Teólogo. É um acto de inteligência reconhecer-lhe o mérito, ensina-lo, lê-lo.