Domingo VI da Páscoa
29 de Maio de 2011
O Defensor
A Palavra de Deus do VI Domingo da Páscoa, proclama a entronização de Jesus como Messias e Salvador. A entronização não assinala o fim, mas o início do reinado: Jesus inaugura, pois, uma nova presença, plena, eficaz e salvífica, no meio dos homens e mulheres de cada tempo histórico.
Porém, o mais interessante desta mensagem, radica no facto de nos apontar para uma nova etapa no processo da salvação de Deus. Jesus vendo que está para breve a Sua partida, propõe um novo caminho, orientado pelo «Defensor», «o Espírito da verdade».
Seguindo São Paulo, quando diz: «Se a nossa esperança em Cristo é somente para esta vida, nós somos os mais infelizes de todos os homens» (1Cor 15, 19). Jesus, aponta para uma realidade espiritual/misteriosa, para que a nossa fé não radique só e unicamente naquilo que somos e queremos para esta vida, mas vá muito mais além.
Esta ideia do Defensor «o Espírito da verdade», é muito bonita e encoraja-nos a acreditarmos na vida presente e na vida futura. Nada nos deve derrotar ou fazer temer, o nosso Defensor nos guardará de todos os males. E tomando as palavras de São Paulo, descobrimos que essa vida futura não foi só para Jesus Cristo, mas para todos os crentes. Ora vejamos: «Se com Ele morremos, com Ele viveremos; se com Ele sofremos, com Ele reinaremos» (2Tm 2, 11-12). Nesta palavra descobrimos o sentido para esta vida terrena e uma resposta para a inquietação da realidade «invisível» (palavra utilizada por São Paulo) depois da morte.
Jesus, revela-nos a verdadeira palavra, a Palavra de Deus, e com ela somos convocados para o acolhimento do Espírito Santo, que no Evangelho de São João toma o nome interessante de «Defensor». Este é o único Espírito que salva e que pode dar garantias de futuro. Nada nos deve demover desta causa.
O Espírito de Deus é um caminho de salvação que nos garante uma possibilidade de graça salvadora. Nada nem ninguém nos pode contrariar nem desviar desta luz de amor revelada por Jesus. Em nós o Defensor quebrou as correntes da divisão, o ódio, a violência, os rancores, os amuos que provocam tristeza e inimizade, a falta de abertura para o perdão, a teimosia, a intolerância e o racismo nas religiões e nas comunidades humanas. O Espírito da verdade, liberta-nos.
JLR
5 comentários:
Padre José Luis, a sua reflexão para este VI Domingo da Pascoa é muito bonita e faz-nos bem a tudo:à saúde: fisica, psicológica e espiritual. Morrer em Cristo, Senhor Nosso é viver totalmente para os Irmãos. Foi o que Ele fez quando veio à terra anunciar a Boa Nova do Pai, que mais não é do que termos um projecto de vida assente no Amor, na compaixão, na generosidade e na entrega total às causas que tanta falta fazem ao mundo actual. A politica como arte de governar os povos, na feliz expressão de Paulo VI, é uma dádiva do Pai. E no entanto,os cristãos em vez de se empenharem por um mundo mais humano, menos ligado ao poder e à ganância do dinheiro, perdem-se, os cristãos, nas suas devoções, profundamente, egoistas e egotistas -salvar a sua alminha para ir para o céu , excluindo, todavia, o que é essencial no Evangelho -O Amor aos Irmãos. O ãmago da Boa Nova de Jesus é o convite "a deixarmos o mundo melhor do que o encontrámos" tal como dizia Baden Powell porque "o verdeiro caminho da felicidade é dar felicidade aos outros".E tal como diz S.João de que serve amar a Deus se não o vemos se não amarmos o irmão que está ao nosso lado".Defensor -o Paráclito-Vem e defende-nos desta selva!Salva-nos do individualismo, da beatice.
AMigo ângelo o seu comentário é muito bonito. Obrigado pelo seu contributo. Um abraço
"Viver em Verdade, liberta-nos"
Boa tarde, Padre José Luís!
Vim te visitar e deixar minha mensagem:
"Não há nada no mundo que me faça infeliz, desde que creio em Deus e em mim próprio, feito à imagem do criador". (Hans Willing)
Que seus dias sejam abeçoados!
Deus seja contigo!
Blog Yehi Or!
www.hajalluz.blogspot.com
Boa noite Judite.
Obrigado pela visita e pela bela mensagem. Que Deus te abencoe também. Um abraço cheio de amizade.
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