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quinta-feira, 15 de março de 2012

Jesus o grande amor pela humanidade

Comentário à Missa do Próximo domingo

18 de Março de 2012

Domingo IV Quaresma

O amor de Jesus consagrou-nos para a vida ressuscitada e gloriosa. Nisso está a descoberta do sentido da vida, não só para o "já" da existência, mas também para o "ainda não". Para o presente e para o futuro.
As nossas teimosias, o egoísmo, a soberba e a constante tendência para os rancores muitas vezes por coisas de nada do quotidiano, podem ser trevas terríveis, que cada um deve saber identificar para melhor ultrapassar e não molestar o sentido da vida nem pôr em causa a relação fraterna com os outros. Tem razão Shakespeare quando diz: «o rancor é como tomar veneno e esperar que o outro morra». Este caminho pode ser causa de infelicidade e de morte para tanta gente à nossa volta.
A descoberta do "grande amor de Deus por nós", deve levar cada um a acabar com a prática das "más acções". Porque Jesus pretende aplicar uma verdadeira ruptura com todo o sistema que oprime e mantém o mundo coberto de trevas, isto é, envolvido na injustiça, na fome, nas doenças e todo o género de calamidades que ferem a dignidade humana.
Os fariseus actuais, ditos muito crentes em Deus, mas envolvidos em instituições carregadas de poder, alienam e marginalizam, porque se fecham à verdadeira acção de Deus, manifestada pela mão misericordiosa de Jesus. Não sabem o que é o amor incondicional. Porque não sabem, continuam a condenar e a não saber fazer a verdadeira destrinça do bem e do mal. Tornam-se, por isso, contrários ao Reino do amor e continuam teimosamente no sem sentido da vida de modo que a própria acção de Jesus e o testemunho de todos os seus discípulos (os que viveram e vivem o «modo» de Jesus de forma totalmente desinteressada) não conseguirão demovê-los dos seus doentios preceitos e regras desumanas.
Muitos são os caminhos contra a vida que Jesus destemidamente enfrenta. A sua acção desmascara totalmente todos os que se acham mais do que os outros e mostra que o acesso à vida plena passa pela radical entrega humilde e sincera à causa do amor manifestada pela Sua Acção e aqui, de modo especial, pelo grande Apóstolo São Paulo. As trevas deste mundo e a alienação nunca podem levar a melhor diante do mais elevado testemunho sobre Aquele que diz ser: o caminho, a verdade e a vida. Por isso, deixemos o nosso coração ser digno para dizer: "a luz veio ao mundo e foi muito o nosso amor por ela".
José Luís Rodrigues

1 comentário:

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Padre José Luís, Irmão e Amigo, estamos num texto profundamente evangélico que nos faz interiorizar o Evangelho do Senhor Jesus. Jesus assumiu do Pai a Consciência Crítica perante uma sociedade que nada tinha de divino e era apenas de hipocrisia nos seus ritos e cultos religiosos, os quais eram muito ostensivos Mas o farisaísmo desse tempo ainda continua. Dizem os Santos e Santas, dando conta das Palavras de Jesus que o templo que Deus quer é o nosso coraçãoe não templos sumptuosos de muita luxuria. A Igreja de Jesus foi o Sermão da Montanha. Mais nada.As hierarqwias vem de Constantino. É São João Crisóstomo(boca de ouro) que critica a igreja constantiniana, a qual era baseada na caridade tal como ela hj existe, sobretudo aqui nesta terrinha. Ivan Illich fala de S.João Crisostomo dizendo dele: que o cristianismo era baseado em uma côdea de pão, metade de uma vela e uma espécie de colchão para receber o estrangeiro, o mais pobre, de modo a que ele não dormisse na rua e dizia o mesmo S.João quando se recebia,deste modo, esse irmão ou irmã, estavamos
a receber Jesus. Portanto a alma do Cristianismo estava nesse acto de efectivo e afectivo gesto. E a Igreja e a Eucaristia do Senhor está nesta atitude de abnegação , neste ágape. Isto é, no AMOR pelo Irmão e Irmã que sofrem e que querem a antecipação do Reino de Deus.Vem, Senhor Jesus e desapega-nos de nós mesmos e ensina-nos a sermos confrades e comunitários uns dos outros tal como TU O fizeste lavando os pés dos humildes ,dos apóstolos e ensinaste sem muitas doutrinas e filosofias, teologias de academismos, que o que é preciso é ir ao encontro tal como em Lucas. do Filho Pródigo. Sendo sp o filho perdido a pedir perdão e tendo um Pai que o abraça e o reabilita e despreza a atitude snob , obediente, arrogante, egoista do filho mais velho.