Plenamente de acordo...
Vou
dizer uma coisa devagarinho mas antes salvaguardo, gosto de solidariedade,
quero solidariedade, deve existir solidariedade para colmatar a cegueira dos
poderosos, deve haver gente que se dedique à solidariedade, eu sou solidário
mas, o formato vai ter que mudar. O actual vai se tornar contra-producente... E
eu entendo a pressão sobre as instituições de solidariedade.
"Toneladas"
de pessoas dedicadas à solidariedade, entrincheiradas à porta dos
supermercados, é contra-producente e explico. Há gente que tem o mínimo para
comer e que vai ao supermercado; há gente que gere o orçamento comprando aos
poucos, conforme precisa, para gerir o dinheiro pelas necessidades imperiosas;
há gente que está farta de não poder entrar tranquila num supermercado tendo já
contribuído ou não o podendo fazer.
A
solidariedade já está com os métodos das operadoras móveis ou de serviços de
internet e roçam algo que não é solidariedade, nem respeitam a boa vontade das
pessoas nem da sua decisão. Andam no "tem que dar à força". Este país
pode não ter mais para dar, já pensaram nisso? Este país já não aguenta mais.
Toda a solução passa pelos que trabalham, desde os impostos até à
solidariedade... Acham que continua a haver o mesmo dinheiro nas algibeiras?
Vai
suceder o seguinte, a solidariedade vai ser castigada, porque com a violência
de angariar para dar, terão os hipermercados a notar que já há pessoas a dar
meia volta e a desistir, para não passar pelas trincheiras da solidariedade à
porta dos supermercados. Fica tudo gravado nas câmaras de vigilância. As
pessoas topam e disfarçadamente dão meia volta. As pessoas sentem-se agredidas
no seu espaço pessoal e na sua capacidade ou não para decidir. Elas também
sofrem em silêncio e andam revoltadas.
Quem
desejar ouve, quem desejar crítica, mas não se esqueçam que vai acontecer.
Dá-se menos porque não temos mas também se pode dar menos pela contínua
agressão.
Com
a devida vénia de um grande amigo facebookiano
Sem comentários:
Enviar um comentário