Comentário à missa deste domingo III do Advento, 14 dezembro de 2014
As
leituras do 3º Domingo do Advento revelam-nos que Deus não se esqueceu do seu
povo e que tem um plano de salvação e de vida em abundância para fazer passar a
humanidade à luz da felicidade.
Logo
no primeiro texto tirado do profeta Isaías, é apresentada a Boa Nova de Deus, que
consiste em anunciar a esperança de um tempo novo, onde Deus fará acontecer a
felicidade da salvação para todos, particularmente, para os pobres, porque
estes em todos os tempos são as vítimas indefesas dos poderosos que nunca se
fartam. E, obviamente, que a predilecção de Deus é precisamente para estes. A visão do profeta assinala que Deus, tudo fará para que a tristeza que
se tornou o pão quotidiano dos pobres seja dissipada e venha um tempo cheio de
luz que fará sorrir quem teve a má sorte de ser vítima da ganância dos
dominadores das sociedades.
São
Paulo apresenta como se faz esta descoberta de Deus à comunidade de Tessalónica para que esse tempo novo
possa surgir. Este apelo encaixa-se perfeitamente em qualquer comunidade esteja
onde estiver em todos os tempos históricos.
Paternalmente
transmite práticas, exortações, lembrando que o Evangelho não lhes foi pregado
somente com palavras, mas com eficazes manifestações do Espírito Santo, que os estimulava
a se tornarem imitadores do Senhor e dos Apóstolos, apesar das tribulações de
cada dia. Dessa forma, eles se concretizariam como modelo para os fiéis não só
da Macedônia e da Acaia, mas para todos os que creem no Deus Vivo e Verdadeiro.
O
Apóstolo realça a necessidade de se progredir na busca de um maior polimento
espiritual, cultivando a santidade e lembrando-lhes os seus ensinamentos de
como devem viver para agradar mais a Deus, exercitando o amor fraterno,
apartando-se da luxúria, tratando a esposa com carinho e respeito, sem se
deixar levar pelas paixões desenfreadas do mundo.
Para São Paulo todos
ressuscitarão mesmo aqueles que estão adormecidos (mortos). Ninguém
sabe o momento e a hora, por isso, todos devem viver como verdadeiros «filhos
da Luz» e não como «filhos das Trevas». Vivendo dignamente e permanecendo
preparados para a chegada do Senhor. Paulo pregava uma cristologia que insistia
na vinda iminente do Senhor Ressuscitado. Por isso, apela insistentemente: «Não
apagueis o Espírito…» e aconteça o que acontecer «vivei sempre na alegria».
O Evangelho apresenta-nos João Baptista, a «voz» que prepara os homens para
acolher Jesus, o salvador do mundo. A principal preocupação de João não é
centrar em si próprio a atenção dos que o escutam, mas apontar para Jesus,
Aquele que Deus envia ao mundo para fazer da vida uma festa que se recheia com
o dom da paz e da felicidade, que se vive na liberdade, na fraternidade e no
respeito para com todos os que no rodeiam.
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