Comentário à missa do próximo domingo IV do Advento, 21 dezembro de 2014
No último domingo do Advento, a Liturgia
intensifica o apelo à descoberta da vida plena e da salvação definitiva de Deus
que nos é oferecida com a Incarnação de Jesus. O Natal é a manifestação dessa
oferta.
A primeira leitura apresenta uma
promessa que Deus faz ao rei David, anunciada pelo profeta Natã. O profeta
garante que Deus nunca abandonará o seu povo e que o guiará sempre para a
felicidade. O desejo profundo de Deus é oferecer ao seu povo a estabilidade, a
prosperidade, a segurança, a paz, a fartura, a fecundidade, a felicidade para
sempre. Tudo o que neste mundo provoca para o contrário indigno e desumano
desta realidade está contra a vontade Deus. Por isso, o Natal quebra as
correntes que amarram a humanidade no caminho da injustiça, da mentira, da
corrupção, da violência e todas as desordens que põem em causa o bem e a
felicidade dos povos.
A segunda leitura denomina este plano de
salvação de «mistério». A palavra grega «mysterion» (Mistério) é uma palavra
significativa na teologia de Paulo, ocorre vinte e uma vezes ao longo dos seus
escritos. Ela refere-se ao conhecimento que vai além da compreensão de
pecadores, mas, que agora tem sido graciosamente revelado por meio do
Evangelho.
A própria palavra traduzida «mistério»
ou «mistérios» no Novo Testamento (e estas palavras só se encontram no Novo
Testamento) significa «segredo». E diante do Mistério, resta-nos o silêncio e
uma verdade elementar, é mais o que não sabemos sobre a essência de Deus, do
que aquilo que sabemos. Por isso, deixemos o nosso olhar interior contemplar
essa realidade e isso é suficiente, para que a nossa fé encontre todo o sentido
para ser útil à vida.
Neste sentido, São Paulo afirma que Deus
revelou um pouco o seu «mistério» em Jesus, e, sobretudo, garante que Deus
manifestou, em Jesus, a todos os povos, a fim de que a humanidade inteira
integre a família de Deus.
O Evangelho mais uma vez nos atesta que Jesus faz parte da história humana, é realidade bem concreta, faz-se carne igual à nossa carne. Porém, nada disto é completamente novo, novo sim, é compreendermos que o fim deste acontecimento radica na intenção que assiste o coração de Deus que nos oferece a salvação. Mas, tudo isto acontece mediante a vontade e a liberdade dos homens e mulheres em todos os tempos quando se predispõem a dizer «sim» ao propjecto de Deus, acolher Jesus nas suas vidas e apresentar a Boa Notícia de felicidade e salvação para o mundo inteiro. Nada é feito como imposição, mas proposta livre para uma humanidade livre.
O Evangelho mais uma vez nos atesta que Jesus faz parte da história humana, é realidade bem concreta, faz-se carne igual à nossa carne. Porém, nada disto é completamente novo, novo sim, é compreendermos que o fim deste acontecimento radica na intenção que assiste o coração de Deus que nos oferece a salvação. Mas, tudo isto acontece mediante a vontade e a liberdade dos homens e mulheres em todos os tempos quando se predispõem a dizer «sim» ao propjecto de Deus, acolher Jesus nas suas vidas e apresentar a Boa Notícia de felicidade e salvação para o mundo inteiro. Nada é feito como imposição, mas proposta livre para uma humanidade livre.
Assim, começa o Natal de Jesus que deve
ser o «nosso» Natal, porque Deus não precisa de nascer, mas somos nós que
devemos neste tempo fazer renascer a alma para a luz da fé e da esperança
apesar das sombras negras que pairam sobre o mundo que nos rodeia. Sejamos luz
que brilha pujante nos caminhos da felicidade.
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