Comentário à missa do domingo de Reis
Magos, 4 janeiro de 2015
O
dia da Epifania é, tradicionalmente chamado, o Dia de Reis. Epifania significa aparição, manifestação e vem do grego «epiphanéia».
A Epifania, é o
reconhecimento dos direitos messiânicos de Jesus de Nazaré por não-judeus, é a
manifestação de Jesus ao mundo pagão. Uma tradição mais tardia falou de Reis
Magos, aplicado a estes sábios que vieram do Oriente adorar o Menino, e
pretendeu com isso, provavelmente, reforçar a glória de Jesus Cristo.
Este
menino, que nasceu não tem dono. Foi enviado por Deus ao mundo por meio de uma
mulher, para toda a humanidade.
A grande mensagem que nos fica deste Dia dos
Reis, resume-se a esta novidade: Deus nasce não apenas para alguns mas para
todos os homens e mulheres de todos os tempos e em todas as circunstâncias geográfica do mundo.
O Deus Menino é a luz celeste (Ouro) que se abaixa até ao mais
fundo da humanidade para a elevar para o alto (Incenso); e é o Deus santo e
fonte de santidade (Mirra) que pretende santificar não apenas um povo mas todos
os homens do mundo.
É surpreendente e quase comovedora esta abertura de Deus e
arrasa todas as tentativas de apropriação de uma realidade que não pertence a
ninguém, porque não é deste mundo. Vem do lugar santo de Deus para elevar e
divinizar toda a humanidade.
Que a Epifania seja um outro nome pelo qual se
redescobre o acontecer de Deus e que essa luz nos ilumine a fé e a esperança
como único caminho que nos leva à relação de amor com todos como semelhantes e irmãos.
A
mensagem da paz e do amor, sinal do presépio, são ecos de Deus que ressoam do
seu coração para todos os recantos deste mundo sedento de salvação. Deixemos,
pois, Deus acontecer e manifestar a sua graça de salvação a todo o mundo. O
amor para ser autêntico é universal. Ninguém melhor do que Deus sabe dessa
particularidade do amor. E porque «Deus é amor» (São João), fez-Se habitar no
coração da humanidade para salvar a todos.
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