Não sei se cumpro tudo. Mas ainda vou a tempo de aperfeiçoar...
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conselhos acerca das homilias, uma síntese do "diretório homilético”, elaborado
pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
1 – A homilia é preparada cuidadosamente, ancorando-a um profundo conhecimento
das Sagradas Escrituras, especialmente o Evangelho. (Prop. 19, do Sínodo dos
Bispos 2005).
2 – Não é um discurso qualquer, mas uma palestra inspirada na Palavra de Deus.
Pode-se recorrer a imagens ou lendas para não aborrecer os fiéis. (Card. Sarah,
Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos).
3 – A homilia não é um show de entretenimento, mas deve dar sentido e fervor à
celebração (Evangelii Gaudium, n. 138).
4 – A homilia não pode ser improvisada: ao contrário merece "um longo
tempo de estudo, oração, reflexão e criatividade pastoral" (Gaudium
Evangelli, n 145).
5 – A pregação deve ser positiva, pois fornece "sempre esperança" e
não deixa "prisioneiros da negatividade" (Evangelii Gaudium).
6 – O bom homiliasta ajuda a “entender e apreciar o que sai da boca de Deus, a
abrir o coração à ação de graças a Deus, a alimentar a fé, a preparar uma
frutuosa comunhão sacramental com Cristo." Será um mau pregador aquele que,
"embora talvez um grande orador, não seja capaz de provocar estes
efeitos." (Mons. Arthur Roche, secretário da Congregação para o Culto
Divino e a Disciplina dos Sacramentos).
7 – O pregador deve organizar a sua homilia, seguindo este caminho: escolher o
que dizer, porquê dizê-lo, como dizê-lo a esta assembleia específica. As
homilias diferenciar-se-ão de acordo com a celebração. Na missa ferial
recomenda-se uma breve homilia. (Padre Corrado Maggioni, subsecretário da
Congregação).
8 – A homilia eficaz desperta no ouvinte o desejo de conhecer ou reconhecer
Deus, apresentando-O no modo mais direto e claro, não enrolado ou parcial
(Filippo Riva, oficial do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais)
9 – A homilia eficaz põe em risco o que o ouvinte "já sabe" (Filippo
Riva).
10 – A palavra de um sacerdote deve ser encarnada, testemunhar uma atitude
perante a vida, uma posição humana (Filippo Riva).
ACERCA DO DIRETÓRIO HOMILÉTICO
O Vaticano apresentou um “diretório homilético”, elaborado pela Congregação
para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, orientada, desde novembro,
pelo cardeal Robert Sarah, da Guiné (Conacri), texto acelerado com o papa
Francisco, publicado em dezembro e em preparação desde o pontificado de Bento
XVI, quando à cabeça do dicastério estava o cardeal espanhol Antonio Cañizares
Llovera.
Em 156 parágrafos e dois apêndices este prontuário dirigido a bispos, padres e
seminaristas de todo o mundo indica como realizar uma boa pregação e os erros a
evitar.
Na conferência de imprensa de apresentação da obra, no Vaticano, o cardeal
Sarah explicou que o diretório «não nasce sem um porquê», tendo citado o que o
papa Francisco escreveu na exortação apostólica “O Evangelho da alegria”, n.º
135: «Muitas as reclamações relacionadas com este ministério importante, e não
podemos fechar os ouvidos. A homilia é o ponto de comparação para avaliar a
proximidade e a capacidade de encontro de um Pastor com o seu povo. De facto,
sabemos que os fiéis lhe dão muita importância; e, muitas vezes, tanto eles
como os próprios ministros ordenados sofrem: uns a ouvir e os outros a pregar.
É triste que assim seja.»
O volume está articulado em duas partes. Na primeira, intitulada “A homilia e o
âmbito litúrgico”, descreve-se «a natureza, a função e o contexto particular da
homilia»; na segunda secção, “Ars praedicandi”, são assinaladas as coordenadas
metodológicas e de conteúdo que o pregador deve conhecer e ter em conta ao
preparar e pronunciar a homilia. Os dois apêndices são compostos por
referências do Catecismo da Igreja Católica e textos de documentos da Igreja
sobre a homilia.
As traduções nas principais línguas serão realizadas pelo Dicastério.
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