O Blogue Banquete da
Palavra fecha aqui por alguns dias para férias. Fiquem bem e se for o caso
tenham umas férias felizes. Se voltam ao trabalho ou se continuam nele, fiquem
bem e acolham sempre toda a actividade com amor e façam tudo pelo amor, porque
«sem o amor o homem é apenas um cadáver em férias» (Erich Remarque).
Chegou o momento em que se
para no meio caminho
serve para sentir intensivamente
a brisa que passa
refrescar o pensamento folha
a folha
e deter-me sossegado sem
pressas
em cada ideia conjugada na
história da amizade.
Não sei nem quero saber de
mais nada
das quezílias quotidianas
antigas e presentes.
Só olho para a paisagem presente
neste olhar
e de que serviria olhar para
outro la do
se basta a hora e o momento retemperado
na meia encosta do sonho e na
margem do mar.
Saboreemos esta dádiva que se
chama férias
a paragem que os ritmos mudam
e retemperam
o corpo abatido da correria
temporal do ano
mais ainda o espírito
misterioso que nos move.
Então tiro férias de mim que
me fatigo
férias das dúvidas que me
derrubam
da atenção crítica que me dá
gozo
das ilusões que me fazem
sorrir e enlouquecer
com os pés assentes na terra pois
isso é breve.
E tudo isto sem fixação é
apenas um pouco
na imensidão do universo e da
existência
pois sendo tantas vezes ao
ano repetidamente
também me custa e cansa.
José Luís Rodrigues
Sem comentários:
Enviar um comentário