Domingo XXV tempo comum. Pode servir para quem vai à missa ao domingo e não só...
Os negócios do dia a dia muitas vezes são feitos ao
abrigo da mentira e da falsidade para que se consiga os melhores resultados em
bens materiais. A desonestidade é uma constante na vida da humanidade. O mundo
inteiro seria mais feliz se a honestidade iluminasse as palavras e as letras
quando os negócios ou as transações materiais acontecem.
É por causa desta constatação que Jesus conta-nos uma
parábola, para ensinar que é mais importante para a felicidade e para a
salvação de todos procurarmos caminhos que nos centrem na fidelidade e na
honestidade. Trata-se da parábola do administrador infiel que foi chamado à
atenção pelo seu senhor, mas que se safou muito bem e mereceu por isso um
grande elogio, porque desonestamente procedeu com astúcia. Do ponto de vista humano
e da lógica deste mundo, está muito bem a sua atitude, mas do ponto de vista de
Deus não tem qualquer valor proceder com desonestidade. Para Deus o importante
é descobrir nas coisas pequenas ou grandes o sentido da fidelidade, da
honestidade e da verdade.
Muitas vezes pensamos que as pessoas mais
importantes, com cargos de elevada responsabilidade devem ser os mais honestos
e os mais fieis. Mas segundo a palavra que escutamos neste evangelho, todos,
devem procurar viver a honestidade de uma forma radical. Ninguém deve sentir
que pode, por ser mais humilde ou por não ter tarefas de muita
responsabilidade, fugir às regras e ludibriar os outros com a mentira e a
desonestidade. A palavra de Jesus confirma que esta maneira de pensar é um
engano puro: «Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes; e quem
é injusto nas coisas pequenas, também é injusto nas grandes». Diante desta
clarividência não pode haver qualquer tipo de pretensão.
Não
é possível servir a dois senhores, quando se trata de Deus e do dinheiro. Jesus
mostra que muitas vezes o dinheiro em vez de ser um instrumento de trabalho e
de base ao serviço da vida, pode tornar-se um «senhor» muito idolatrado. De
facto, é bem verdade que assim é. A nossa sociedade está cheia de gente que não
vê outra coisa à sua frente senão o dinheiro. São os escravos do vil metal. Não
são capazes de perceber que a felicidade não está em ter muita fortuna
material, mas em servir-se dos bens da terra para investir na promoção da vida
para todos, como garantia de futuro seguro para a salvação de Deus. E esta é a
maior felicidade que se pode ter. Procurá-la é dever de cada pessoa.
Sem comentários:
Enviar um comentário