Esta semana escutamos Emanuel Bento, antigo jornalista... Oferece-nos um poema muito interessante e exclusivo para este espaço semanal «Deus e eu».
A
obscura força em que mergulham as palavras
essência
da memória dos tempos e dos homens
de
tudo que existe e há-de existir
das
pedras paradas e caladas
de
onde vens tu
que
silêncio se quebrou
quando
o primeiro Deus falou
quem
foi o escolhido que primeiro o ouviu
se
nada antes existiu
eco
ainda do espanto
da
sua e nossa divina solidão
caminhamos
ao encontro da sílaba inicial
reproduzindo
a luz que chega tão mas tão devagar
Ó
Deus que tanto procuramos e nunca encontramos
mesmo
sabendo que em nós moras e demoras…
Emanuel Bento
Sem comentários:
Enviar um comentário