Ao sétimo dia
Venha
o vento pela ponta dos pinheiros
do
pensamento por um sentido
vaivém
que me anuncia as novas
dos
amigos que nunca nos traíram
na
serena visão do mistério do mundo.
Venha
uma brisa suave pelas encostas
daquela
infância sentida dos cheiros
e
dos momentos lúdicos da paz
que
a mão enrugado do avô recostado no bordão
anunciava
com o sorriso aquela esperança.
Venha
a língua do fogo incandescente
que
diz do amor na palavra do poema
que
os povos todos saboreiam
como
certeza fraterna do amor
que
salva da pobreza o mundo inteiro
da
ganância que se instala todos os dias.
Venha
a luz pelas entranhas para que eu encontre a dor
de
quem sente a música, o som intemporal
na
frágil raiz que em todas as horas criva o húmus
e
a vida encontra o cordão azul, a veia que contorna o corpo
de
quem ama o silêncio do sentido
no
interior que canta a paz do encontro.
Venha
a água viva o elemento completo
sempre
humano e divino em simbiose
com
todas as formas das ideias do sopro vivo
que
cerceou o sofrimento demorado e mortífero
mesmo
que nesse tudo encontre o mistério
o
ritmo interminável do que veio
e do que vem por mim
quando creio.
JLR
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