na nossa imanência são só possíveis, com a sensibilidade de cada um, representações estéticas de Deus ou da realidade divina, sem que isso nos mostre formas objectivas e absolutas sobre a realidade de Deus. Sim, porque essa realidade mantém-se e manter-se-á sempre para além das capacidades humanas. Descobrimos no século XVI São João da Cruz com a sua «A Noite Obscura ou a Noite Escura da Alma». É um magnífico poema sobre a inquietação da alma que procura ansiosa o gozo de Deus. Deste tempo manifesta-se ainda outra figura incontornável, Santa Teresa de Ávila, que nos seus vários escritos, também expressou misticamente os seus encontros e desencontros com a divindade. No ressoar de presenças e ausências, na hora da morte exclamou: «Chegou o momento de nos vermos, meu bem-amado Senhor». Podem perguntar os incrédulos: onde esteve Jesus durante toda a sua vida? No Século XVI, outra Teresa, Santa Teresa do Menino Jesus (Lisieux), também fará eco da presença-ausência de Deus com a sua «História de uma Alma». O Deus ausente, é Deus o presente escondido, na alma de cada pessoa, que permitindo em cada reflexo do seu viver, pode ser Deus que se mostra na edificação para o bem nosso mundo. Deixemos que esse mistério nos trabalhe e dê sentido ao sonho.
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