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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Comentário à Missa do Próximo Domingo

19 de Julho 2009
Domingo XVI Tempo Comum – Ano B
Cristo é a nossa paz
Ef 2, 13-18
Cristo é a nossa paz, proclama solenemente São Paulo. Não a paz podre do comodismo da vida ou a paz das pequenas orações que não libertam, mas oprimem ainda mais. Jesus Cristo, é a paz que provoca para o amor, para a solidariedade Ou caridade. Uma paz que nos desinstala para o encontro dos outros como irmãos. Uma paz que nos faz mais sérios no nosso trabalho. Uma paz que se inquieta porque há fome no mundo. Um paz porque não tolera a mentira. Uma paz que não se deixa vergar à intolerância seja de que ordem for, de raças ou de religiões. Uma paz que sofre, porque as famílias estão divididas, o esposo não fala com a esposa e vice-versa, os filhos não falam com os pais e vice-versa. A paz de Jesus liberta o nosso coração para a alegria da festa e para a luta diária por um mundo melhor, onde todos possam ter o necessário para sobreviver, tanto os bens materiais, mas também os espirituais. Neste encontro com Jesus Cristo, cada pessoa descobre uma dignidade mais elevada, isto é, «podemos aproximar-nos do Pai», por isso, deve depois agir segundo a sua condição. Não se deixa conduzir pelo egoísmo, pela violência e pela vingança. Este encontro com Jesus é um encontro de salvação, uma glória maior que faz cada um ser feliz e não descansa enquanto todos os outros também não sejam verdadeiramente felizes. Esta Boa Nova que Jesus Cristo no oferece não se coaduna com a violência das palavras que se tornam muitas vezes o pão-nosso de cada dia na vida de tanta gente.
Encontrar Jesus deve fazer com que a delicadeza seja um valor elementar no falar e no proceder. Jesus Cristo, é um apelo para que o respeito seja alimento de cada dia nas nossas famílias, nas nossas escolas, nas empresas, na política e na sociedade em geral. Todas as perversidades deste mundo, acontecem por uma única razão, a ausência de Paz no coração d cada mulher e cada homem, falta de respeito por Deus e amor ao próximo. A paz verdadeira só tem um nome para nós, tem nome de uma pessoa, Jesus Cristo, o filho do Deus Vivo.
Esta Paz não se adquiri com dinheiro, porque ela não está à venda nas prateleiras dos supermercados, mas virá pela humildade, bondade, fé, esperança, confiança que colocamos no nosso coração a partir dos ensinamentos que Jesus nos oferece. Esta oferta está ao alcance de todos, basta que cada um e cada qual sintam predisposição para o valor da vida e o sentido da vida a partir de Jesus Cristo. Ele é a paz do amor e da certeza de que a vida não se reduz à imperfeição deste mundo.

1 comentário:

Angelo disse...

Linda mensagem que o P. José Luís propõe para o próximo Domingo. É o Evangelho vivo do Senhor Jesus, que nos é apresentado através destas lindas Palavras. Uma das razões que admiro nos protestantes: é que eles dão muito apreço à Palavra, sempre na linha paulina e não petrina. S. Pedro -coitado- foi-lhe dado as chaves do Céu, segundo a Igreja Católica, mais para fechar do que para abrir. Estamos todos condenados sobretudo os que não acolhem as hierarquias. Só Igreja de Roma é que tem o modelo do Imperador e do seu Império. As outras Igrejas e Religiões têm eleitos ,através do voto, pelas suas comunidades. Sem papas, bispos , cardeais, cónegos, presbíteros etc etc toda esta pirâmide a sonegar a Mensagem de Paz. Os cristãos-católicos estão encantados nas suas vidas, porquanto vão "santamente" morrerem sem fazer nada de útil ao Mundo. E Cristo e seus sequazes porque, incomodaram o Mundo e os seus senhores, por isso mesmo, foram mortos. So através de Padres como o José Luís Rodrigues é que pode haver "um novo céu e uma nova terra". Obrigado pela sua reflexão.
Ângelo de Paulos