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sábado, 12 de dezembro de 2009

D. Manuel Clemente

O director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, P. José Tolentino Mendonça, considera que a atribuição do Prémio Pessoa 2009 a D. Manuel Clemente distingue “uma das grandes testemunhas do nosso tempo”.
Em declarações à Agência Ecclesia, o biblista fala num “reconhecimento justíssimo” para um percurso que se tem destacado “quer pelo pensamento, quer pela acção”.
“D. Manuel Clemente é um dos pensadores mais originais e vivos deste tempo português e alguém que faz do pensamento um exercício de responsabilidade ética”, afirmou.
Para o P. Tolentino Mendonça, o magistério do bispo do Porto “tem sido também um exemplo do que é o diálogo entre a fé e a cultura”.
“A mim toca-me sempre o modo como a cultura aparece no magistério de D. Manuel Clemente, não como um território de fronteira, que ele visita ocasionalmente, mas como o lugar por excelência onde ele inscreve a tradição cristã e o seu trabalho de pastor”, afirma o sacerdote madeirense.
O poeta madeirense diz que este é “um prémio importante, precisamente porque mostra a relevância do pensamento e da acção de D. Manuel Clemente não apenas para o espaço eclesial, mas também para o mundo da cultura”.
“Ele é alguém de que a cultura tem necessidade e isso parece-me um ponto muito importante”, conclui.
Nota da redacção: Parabéns D. Manuel. É um oasis no âmbito da Igreja. Que grande resposta aos que consideram as expressões culturais como realidades pagãs. E que grande ânimo para quem considera a cultura como o sacrário onde Deus se revela. O prémio veio na hora certa e para o homem certo, porque faz um bem enorme à nossa Igreja Católica, que se fecha cada vez mais ao mundo e à cultura, temendo perder o poder ou a hegemonia medieval que ainda alimenta os espíritos de muitos no interior das igrejas. O diálogo religião e cultura ganham um impulso muito importante entre nós. Um bem haja ao júri pela lucidez e pelo apurado sentido visionário.

4 comentários:

Anónimo disse...

P.José Luis o prémuio dever-lhe-ia ser a si atribuído, porque também é um homem de cultura. Os seus textos do "Banquete da Palavra" são os evangelhos do nosso tempo. Com a linguagem dos nossos dias, fazendo-nos reflectir seriamente sobre os problemas de Deus, da Igreja e do Homem Contempâneo numa sociedade fechada como a madeirense. Não é fácil ter uma igreja a acompanhá-lo e sabe muito bem que está só. No entanto, é a nossa única luz para aqueles que ainda querem ver Deus "nos seus anjos e nos seus santos." Continuo a dizer que o mundo não está bem e muito menos esta igreja regional, cuja acção é a presença do anti-cristo. Tenho muita admiração pelo bispo laureado mas também por si, pela sua coragem e resistência .Continue a iluminar sobretudo nesta fase e tal como os reis magos queremos fugir de herodes e de caifás e procurar a quentura do presépio e do Menino/Salvador. Para mim,Único.

M Teresa Góis disse...

Oxalá, neste "ano sacerdotal" que todos os Sacerdotes aprendessem de D. Manuel este modo sério de estar na Igreja: atento, incluso, actuante. Precisamos de mais homens assim. Parece que os bispos "D. Manuéis" dão sorte à Igreja Portuguesa.

Anónimo disse...

Sendo este senhor um dos principais e mais acérrimos homofóbicos contra os homossexuais e os não crentes, a sua nomeação só não me surpreende porque como leitor atento sei que se afiam navalhas contra o governo por causa da união de facto, sendo esta nomeação uma parte da estratégoa do Opus Dei.
Tenho pena deste povo ao qual pertenço, farto destas lutas intestinas pelo poder entre a maçonaria e a Opus Dei.

Susana Ramos disse...

Fico feliz por ver que temos gostos semelhantes!
Eu também aprecio bastante as ideias, observações e criações
do senhor padre Tolentino.
Um Espírito Elavadíssimo. Sapiente.
...
Gostei muita da missa das crianças. Gosto de vê-lo feliz, no meio delas.
Susana