Bem-aventurados os que no coração se reconhecem pobres
pois é deles tudo o que há-de vir
Bem-aventurados os que existem mansamente
pois a terra os escolherá para herdeiros
Bem-aventurados os que rompem o muro das implacáveis certezas
pois são outros os caminhos da consolação
Bem aventurados os que sentem, pela justiça, fome e sede verdadeiras:
não ficarão por saciar
Bem-aventurados os que estendem largos os gestos de misericórdia
pois a misericórdia os iluminará
Bem-aventurados os que se afadigam pela paz:
isso torna os mortais filhos de Deus
Bem-aventurados os que não turvam seu olhar puro
pois no confuso do mundo verão passar o próprio Deus
Texto: José Tolentino Mendonça
Desenho: Rui Aleixo
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