Um dos grande problemas de hoje nos jovens é a questão sobre a vocação. Para a descoberta das vocações, as famílias no
passado era muito importantes. Hoje, raras são as famílias que têm orgulho e
que ajudam os filhos a se encaminharem para vocações de vida religiosa. Quase
toda a gente quer os seus padres nas paróquias, os filhos em instituições de
caris religioso, mas criar filhos para esse tipo de serviço, nem pensar.
O tempo da contradição e da perplexidade está entre
nós. Não é fácil entendermos e não compreendemos a sociedade em que vivemos.
Porque vemo-nos envolvidos numa realidade totalmente alheia tudo o que sejam
valores e ideais, porque quando tal acontece, são classificados de
conservadores e que já não servem para o mundo de hoje.
A linguagem relacionada com Cristo, com a Caridade e
com a fé estão fora de contexto para a mentalidade actual. E ainda, tudo o que
seja linguagem clerical ainda mais obsoleta se tornou. Assim sendo, podemos dizer que a Igreja perde muito com formas de linguagem rebuscadas no passado, bolorentas e fora do contexto da vida dos nossos dias. Mais ainda perderão os jovens e todo o mundo que anda à procura do sentido da vida e que para tal anseiam por respostas que sejam bem concretas e adequadas às formas de vida que são assumidas hoje. A Igreja pode sofrer a terrível responsabilidade de ter
falhado na sua missão. O mundo, longe de Cristo e da linguagem que enforma a Sua
Boa Nova, fica à mercê de todas as tentações, misérias e perversidades. Está bem claro à vista de quem quer ver com toda a verdade.
O grito do profeta Jeremias ecoa com dolorosa
actualidade: «Pastores em grande número destruíram a minha vinha, pisaram a
minha possessão, transformaram-na num deserto de desolação» (Jer 12, 10). É
urgente semear a esperança e reinventar outra linguagem que seduza a todos para
a luz do bem e da verdade.
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