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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Converter a depressão com a luz

Resposta às questões levantadas ontem. Aqui vão em dois momentos, hoje um e amanhã outro.
O que sentimos e experimentamos, que pela nossa acção, pregação e ensinamento muitas vezes vêm-se confrontados, são situações deveras complexas, para as quais a melhor resposta é o silêncio e a perplexidade. 
São muito poucos os jovens que todas as semanas não passam pelas discotecas duas três vezes, sem orientação quanto a horas e quanto ao comportamento. Por isso, é frequente ouvir falar-se de bebedeiras; de sexualidade sem princípios e sem regras; de todo o tipo de violências; de situações miseráveis quanto à linguagem e quanto às atitudes desregradas de vária ordem. Mais ainda sem pensar que muitos deles estão devidamente formados e preparados para assumir um trabalho, mas o desemprego é uma terrível desgraça, que faz mergulhar na desorientação, na depressão e na pior das tragédias que é termos uma porção de jovens sem qualquer ideal de futuro. Não admira então a vaga de emigração (uma sangria que vai trazer sérios males contra o nosso povo). A depressão que leva ao suicido é outra desgraça fatal. Não arrepiando caminho, a outra grande, dura e  cruel crise será a populacional. Muitas vezes pergunto, como descansam as mães e os pais, os educadores e as entidades políticas face à juventude dos nossos dias?
Nunca se viveu um tempo onde se encontram tantos pais e mães impreparados para assumirem essa condição tão essencial para o nosso futuro. Quanto aos educadores e às entidades que deviam assumir a responsabilidade face a este problema, então nem se fala. Tanta impreparação e incompetência que chega a ser confrangedor. O normal hoje não é viver os valores e os princípios que impliquem alguns sacrifícios. 
A honestidade e a transparência foram banidos do vocabulário e não são princípios éticos para o bem do mundo. A renúncia não faz parte da linguagem nem muito menos das categorias mentais da sociedade actual. É deprimente. Mas é realidade que precisa de transfiguração e de metamorfose, para que a vida seja uma alegria, um gosto e não um calvário irremediável. Precisamos de uma luz que não seja apenas a de discoteca, mas a luz interior do coração de cada pessoa que se acolhe na condição de ser gente, para iluminar todos os caminhos da depressão e do desencanto da vida deste mundo.  

1 comentário:

José Leite disse...



Eles bem sabem que o foguete

é uma constante nesta vida

E ninguém lhes tira o tapete

Ou lhes cala a língua comprida....



São papagaios palradores

São narcisistas mas sem cura

Gostam de seguir os andores

E sempre... a botar faladura...



Dão-se ares-vip, de vaca sagrada

Querem o altar-mor p'ra brilhar

Ao clero, postura curvada

Sabuja, p'ra votos caçar...



É este o tal fariseu

De que falam as escrituras

De mão no peito, chama ateu

a quem foge dessas meduras...



J Leite de Sá



5-08-2013