Resposta às questões levantadas ontem. Aqui vão em dois momentos, hoje um e amanhã outro.
O que sentimos e experimentamos, que pela nossa acção,
pregação e ensinamento muitas vezes vêm-se confrontados, são situações deveras complexas,
para as quais a melhor resposta é o silêncio e a perplexidade.
São muito poucos
os jovens que todas as semanas não passam pelas discotecas duas três vezes, sem
orientação quanto a horas e quanto ao comportamento. Por isso, é frequente
ouvir falar-se de bebedeiras; de sexualidade sem princípios e sem regras; de
todo o tipo de violências; de situações miseráveis quanto à linguagem e quanto
às atitudes desregradas de vária ordem. Mais ainda sem pensar que muitos deles estão devidamente formados e preparados para assumir um trabalho, mas o desemprego é uma terrível desgraça, que faz mergulhar na desorientação, na depressão e na pior das tragédias que é termos uma porção de jovens sem qualquer ideal de futuro. Não admira então a vaga de emigração (uma sangria que vai trazer sérios males contra o nosso povo). A depressão que leva ao suicido é outra desgraça fatal. Não arrepiando caminho, a outra grande, dura e cruel crise será a populacional. Muitas vezes pergunto, como descansam
as mães e os pais, os educadores e as entidades políticas face à juventude dos nossos dias?
Nunca se viveu um tempo onde se encontram tantos
pais e mães impreparados para assumirem essa condição tão essencial para o
nosso futuro. Quanto aos educadores e às entidades que deviam assumir a responsabilidade face a este problema, então nem se fala. Tanta impreparação e incompetência que chega a ser confrangedor. O normal hoje não é viver os valores e os princípios que
impliquem alguns sacrifícios.
A honestidade e a transparência foram banidos do vocabulário e não são princípios éticos para o bem do mundo. A renúncia não faz parte da linguagem nem muito
menos das categorias mentais da sociedade actual. É deprimente. Mas é realidade que precisa de transfiguração e de metamorfose, para que a vida seja uma alegria, um gosto e não um calvário irremediável. Precisamos de uma luz que não seja apenas a de discoteca, mas a luz interior do coração de cada pessoa que se acolhe na condição de ser gente, para iluminar todos os caminhos da depressão e do desencanto da vida deste mundo.
1 comentário:
Eles bem sabem que o foguete
é uma constante nesta vida
E ninguém lhes tira o tapete
Ou lhes cala a língua comprida....
São papagaios palradores
São narcisistas mas sem cura
Gostam de seguir os andores
E sempre... a botar faladura...
Dão-se ares-vip, de vaca sagrada
Querem o altar-mor p'ra brilhar
Ao clero, postura curvada
Sabuja, p'ra votos caçar...
É este o tal fariseu
De que falam as escrituras
De mão no peito, chama ateu
a quem foge dessas meduras...
J Leite de Sá
5-08-2013
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