Porque é tempo de reflectir e pensar a cidade...
Canto a cidade nos cantos
sublimes das artérias do medo
Como se o dia fosse acabar em
cada passo da gente
Que deambula nas avenidas,
ruas, becos, travessas e rampas
Porque cada momento e cada
esquina escondem o segredo
De nunca chegar a vida que o
tempo engoliu naquela hora.
Fica depois uma sombra de um
esbelto plátano no oásis
Daquela cidade maior onde um
dia no baptismo da história
Te nomearam de liberdade
sobre a rocha firme da calçada.
Agora passeiam-te os povos
vindos de todos os lugares
Sob o olhar atento de quem
deseja um dia saber mais
De todos os lugares mágicos
que a vida nos ofereceu.
Ó cidade da minha memória
encantada pelo ideal fervor
Quero ver-te esbelta, viva ou
mesmo ressuscitada
E nesta hora nasci de novo
para o dia maior
Daqueles passos em volta do
rosto sublime do amor.
E não digas mais que a cidade
nunca pode ser sentida
Como uma vida cheia de
esperança no ideal da felicidade.
José Luís Rodrigues
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