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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Tempo novo para uma cidade nova para todos

Graças a Deus, estamos diante de um tempo novo. Cada tempo é sempre novo. Mas sempre haverá tempos mais novos do que outros. Se quisermos haverá sempre um «devir» constante segundo Heráclito, porque nada do que vai chegando em cada parcela de tempo ainda não nos foi dado viver. Com este «devir» experimentamos o novo com prazer redobrado, aliciante se nos convoca para a liberdade, para o bem comum, para outra forma de encarar o mundo, o poder e as pessoas. Apesar de tudo cada tempo é aliciante e rico. Basta estar atento e ser feliz com o que vai chegando.
Neste travelling do tempo novo, temos de continuar a não permitir que sejam violentados os direitos, os valores, criando mecanismos bem claros que combatam a irresponsabilidade na governação, que travem todas as formas de corrupção, que não permitam que os incompetentes, os lambe botas e todos os energúmenos que a sociedade democrática ainda vai produzindo, que depois têm a possibilidade de se abeirarem do pote do bem comum, que o sugam até ao fundo sem olhar a meios para alcançar os seus intentos contra toda a justiça e contra a distribuição equilibrada dos bens que estão destinados a serem instrumentos para a felicidade de todos.
Precisamos de uma nova revolução do pensamento e de nos concentrarmos naquilo que é importante mesmo nos tempos de penúria em que vivemos. A esperança acendeu-se com as caras novas vindas de outra frescura que não dos bafientos e bolorentos esquemas do poder montado sob o engano, os truques e todas as formas viciantes que conduziam a ganhos discutíveis.
Penso, que chegou a hora de não considerar os cidadãos como gente distante, anónima considerada apenas gente quando é preciso que votem. Então, nada de tirar o pão da boca dos «bandidos» que tiveram o azar de nascer neste país, nesta região e não aplicar o dinheiro isso sim, nos luxos que alguns entendem ter direito porque existe leis que assim estabelecem e que tais leis devem ser cumpridas escrupulosamente. Doa a quem doer. Morra quem morrer… Estaremos ferozmente sempre contra medidas «boas e políticas» que não salvam o povo, mas o coiro dos sortudos que se abeiram do pote do poder. Façam-me um favor, vão passear com esta lógica do pacóvio que não acredito em nada do que sai da vossa boca.
A paciência já vai faltando para ver e ler as notícias de mau perdedor, as justificações atabalhoadas e injustificáveis, a criação de bodes expiatórios fictícios ou fantasmagóricos e todo o vocabulário anacrónico para suscitar o medo... Está a tornar-se intolerável suportar a arrogância com que se tira o que não deve ser tirado e se coloca onde não deve ser colocado. A verdade que passa a mentira num ápice e vice-versa. As derrotas que são ganhos. Os preto que é branco. E tudo o que a engenharia sabe lá tomada de onde vai permitindo como se todos fossemos um parolos que engolem tudo.  
Assim, que nos anime na esperança e na vontade de construir com o pouco que temos um mundo grande em condições minimamente dignas para todos os cidadãos. Esta é uma manhã de Outono onde todas as encostas estão cheias de flores. Se não as vejo na realidade física que me envolve, de certeza, que as vislumbro pujantes no coração e na alma que irrigo com a água do sonho e da esperança. 

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