Mesa da palavra:
Comentário à missa do próximo domingo
Uma
parábola. Duas figuras. Um rico e um pobre. A parábola do rico e de Lázaro. Ou
ainda, e, porque não, «a parábola dos seis irmãos ricos».
Para
que serve a riqueza se não for para fazer o bem, para promover a vida e a
felicidade? E quanto vale a pobreza se não for assumida com humildade e
simplicidade de coração?
Esta
parábola ensina claramente que Deus optou pelos mais pobres. A fortuna material
não vale muito para o coração de Deus. Por isso, devemos desprezar os ricos e a
riqueza? – A resposta só pode ser não! Porque todos podem assumir a
radicalidade da pobreza, mesmo sendo ricos materialmente falando, basta que o
coração manifeste os valores do reino de Deus. A pobreza que Deus aprecia não é
a miséria, o não ter absolutamente nada para viver, mas o saber viver perante
os bens de uma forma solidária e aberta à promoção da vida para todos.
Esta
história é uma clara provocação. Jesus manifesta que a partilha da vida é um
valor essencial do reino novo que Ele inaugura. Assim, recusar a vida
partilhada, tem como fim a desgraça, isto é, a infelicidade que é a ausência
total da graça de Deus. Neste sentido, encaramos a parábola do homem rico e do
pobre Lázaro como um convite ao discernimento.
Os cristãos devem claramente manifestar no seu viver perante os bens
materiais, que a sua opção centra-se na partilha e na solidariedade, para que
ninguém à sua volta se sinta desprezado ou necessitado de qualquer aspecto da
vida e assim todos estarem aptos a acolher o sentido do viver na mais radical
felicidade.
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