Porque estamos no final da campanha autárquica... Partilho esta versão «moderna» do Sermão da Montanha. Para que todos serenem e a paz nos concentre no essencial. Mais ainda para os eleitos nunca desistirem de procurar o caminho do serviço ao Bem comum e à justiça com dedicação e toda a coragem. Se assim for para Deus e para nós serão bem aventurados. Aos outros que fiquem na oposição também serão bem aventurados, quando forem atentos defensores do povo, denunciadores do que está mal e colaboradores em tudo aquilo que entendam ser o bem para todos. Que segunda feira se inicie um tempo novo para todas as comunidades autárquicas, onde todos os cidadãos se sentem protegidos e seguros de que em qualquer espaço há condições condignas para serem gente feliz. São estes os meus propósitos. Segue-se as Bem- Aventuranças modernas:
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Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projectos
vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que
possuem, ajudando em silêncio, sem a mania de glorificação pessoal, atentos à
vontade do Senhor e distraídos das exigências da personalidade, porque viverão
sem novos débitos, no rumo do céu que lhes abrirá as portas de ouro, segundo os
ditames sublimes da evolução.
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Bem-aventurados os que sabem esperar e chorar, sem reclamação e sem gritaria,
suportando a maledicência e o sarcasmo, sem ódio, compreendendo nos adversários
e nas circunstâncias que os ferem, abençoados aguilhões do socorro divino, a
impeli-los para diante, na jornada redentora, porque realmente serão consolados.
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Bem-aventurados os mansos, os delicados e os gentis que sabem viver sem
provocar antipatias e descontentamentos, mantendo os pontos de vista que lhes
são peculiares, conferindo, ao próximo, o mesmo direito de pensar, opinar e
experimentar de que se sentem detentores, porque, respeitando cada pessoa e
cada coisa em seu lugar, tempo e condição, equilibram o corpo e a alma, no seio
da harmonia, herdando longa permanência e valiosas lições na Terra.
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Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, aguardando o pronunciamento
do Senhor através dos acontecimentos inelutáveis da vida, sem querelas nos
tribunais e sem papelórios perturbadores que somente aprofundam as chagas da
aflição e aniquilam o tempo, trabalhando e aprendendo sempre com os ensinamentos
vivos do mundo, porque, efectivamente, um dia serão fartos.
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Bem-aventurados os misericordiosos, que se compadecem dos justos e dos
injustos, dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, entendendo que não
existem criaturas sem problemas, sempre dispostos à obra de auxílio fraterno a
todos, porque, no dia da visitação da luta e da dificuldade, receberão o apoio
e a colaboração de que necessitem.
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Bem-aventurados os limpos de coração que projectam a claridade de seus intentos
puros, sobre todas as situações e sobre todas as coisas, porque encontrarão a
"parte melhor" da vida, em todos os lugares, conseguindo penetrar a
grandeza dos propósitos divinos.
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Bem-aventurados os pacificadores que toleram sem mágoa os pequenos sacrifícios
de cada dia, em favor da felicidade de todos, e que nunca atiçam o incêndio das
discórdias com a lenha da injúria ou da rebelião, porque serão considerados
filhos obedientes de Deus.
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Bem-aventurados os que sofrem a perseguição ou incompreensão por amor à
solidariedade, à ordem, ao progresso e à paz, reconhecendo acima da epiderme
sensível, os sagrados interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao
engrandecimento do espírito comum, porque assim se habituam à transferência
justa para as actividades do Plano Superior.
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Bem-aventurados todos os que forem dilacerados e confundidos pela mentira e
pela calúnia, por amor ao ministério santificante do Cristo, fustigados
diariamente pela reacção das trevas, mas agindo valorosos, com paciência,
firmeza e bondade pela vitória do Senhor, porque se candidatam, desse modo, à
coroa triunfante dos profetas celestiais e do próprio Mestre que não encontrou,
entre os homens, senão a cruz pesada, antes da gloriosa ressurreição.
Rejubilem-se, cada vez mais, quantos estiverem nestas condições, porque, hoje e
amanhã, são bem-aventurados na Terra e nos Céus.
in:amigosdaotaepoesia.blogspot.com autor HUMBERTO CAMPOS
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