Por João César das Neves, in DN-Lisboa 24 junho de 2015
Destaco o seguinte que considero muito bom. O restante do seu texto vale pouco... No entanto, deixo AQUI o link para quem desejar ler na íntegra.
«O papa João Paulo II já tinha estendido
a noção de equilíbrio natural, com a expressão "ecologia humana"
(Centesimus Annus 38). Francisco expande o exercício, introduzindo elementos
riquíssimos como poluição mental (47), ecologia económica (141), social (142),
cultural (143) ou ecologia do quotidiano (147). Assim aborda questões que vão
das redes sociais (47) ao aborto (117, 120).
"Esta economia mata!"
(Evangelii Gaudium 53), mas diz que "A economia assume todo o
desenvolvimento tecnológico em função do lucro, sem prestar atenção a eventuais
consequências negativas para o ser humano. A finança sufoca a economia
real" (109) e "Mais uma vez repito que convém evitar uma concepção
mágica do mercado, que tende a pensar que os problemas se resolvem apenas com o
crescimento dos lucros das empresas ou dos indivíduos" (190).
Na Exortação de 2013:
"O Papa ama a todos, ricos e pobres, mas tem a obrigação, em nome de
Cristo, de lembrar que os ricos devem ajudar os pobres, respeitá-los e
promovê-los" (EG 58). Considerar a encíclica como tomada de posição entre
escolas de política e sistemas sociais ou como crítica geral à vida económica é
disparate. O próprio faz questão de explicar: "Repito uma vez mais que a
Igreja não pretende definir as questões científicas nem substituir-se à
política, mas convido a um debate honesto e transparente, para que as
necessidades particulares ou as ideologias não lesem o bem comum"» (188).
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