Obviamente, que para o mundo de hoje tudo aquilo que a Igreja sugere para a família muitas vezes parece do mais bizarro, mas não há outro caminho, para que tenhamos famílias felizes e sociedades mais equilibradas em humanidade, na paz e na justiça.
«A fé abre a «janela» à presença operante do
Espírito e demonstra-nos que a santidade, tal como a felicidade, está sempre
ligada aos pequenos gestos. «Seja quem for que vos der a beber um copo de água
por serdes de Cristo, (...) não perderá a sua recompensa», diz Jesus (Mc 9,
41). São gestos mínimos, que uma pessoa aprende em casa; gestos de família que se
perdem no anonimato da vida diária, mas que fazem cada dia diferente do outro.
São gestos de mãe, de avó, de pai, de avô, de filho. São gestos de ternura, de
afecto, de compaixão. Gestos como o prato quente de quem espera para jantar,
como o café da manhã de quem sabe acompanhar o levantar na alvorada. São gestos
familiares. É a bênção antes de dormir, e o abraço ao regressar duma jornada de
trabalho. O amor exprime-se em pequenas coisas, na atenção aos detalhes de cada
dia que fazem com que a vida tenha sempre sabor de casa. A fé cresce, quando é
vivida e plasmada pelo amor. Por isso, as nossas famílias, as nossas casas são
autênticas igrejas domésticas: são o lugar ideal onde a fé se torna vida e a
vida se torna fé.
Jesus convida-nos a não obstaculizar estes pequenos gestos miraculosos; antes,
quer que os provoquemos, que os façamos crescer, que acompanhemos a vida como
ela se nos apresenta, ajudando a suscitar todos os pequenos gestos de amor,
sinais da sua presença viva e operante no nosso mundo».
Papa Francisco, da homilia em Filadélfia no Encontro Mundial das Famílias...
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