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sábado, 12 de setembro de 2015

O fermento do mundo

Para o nosso fim de semana. Sejam felizes sempre sem prejudicar ninguém.
Todos temem a surpresa do que venha
a insegurança diante do incerto cortante
mas numa pedra também despontam sonhos
como as mãos que levam à boca letras
alimento que é pão no poema de cada visão.

A seguir vieram muitos de coração oprimido
sob o escuro do egoísmo que tantas vezes dita
regras tenebrosas contra todos os inocentes
do mundo quando vagueiam fugitivos
nos campos áridos da fome e do abandono.

Por isso são enormes as multidões sentidas
que apelam contra as armas e a morte
neste manifesto sem muros farpados de ódio
como reflexo em cada ferida aberta
a sangrar para sempre a insensibilidade.

E tudo porque ainda somos apenas o ego
lancinante que cala fundo o mundo
se ainda existe um tempo sem fermento
que muitos chamam teimosamente
fraternidade.
José Luís Rodrigues

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