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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O Cântico dos Cânticos um hino à liberdade do amor

Seria pecado não partilhar neste Banquete este magnífico texto sobre o Cântico dos Cânticos que esta manhã foi proclamado nas Missas do parto. Degustem esta belíssima explicação sobre o amor magistralmente cantado pelo Cânticos dos Cânticos. Um livro marginalizado durante séculos porque cantava o amor e a sexualidade, logo, parecia ser pornográfico. Hoje não se pensa nada disso felizmente de tal forma que já entra na Liturgia. Podem saborear AQUI ESTA IGUARIA de Natal para a vida toda. Aliás, serviu para que fizesse a homilia de hoje baseando-me neste comentário.
Santo Agostinho ousa exclamar: «Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos»
O texto da missa de hoje foi este: Livro de Cântico dos Cânticos (2,8-14)
Eis a voz de meu amado! Ei-lo que chega, correndo pelos montes, saltando sobre as colinas. O meu amado é semelhante a uma gazela ou ao filhinho da corça. Ei-lo detrás do nosso muro, a olhar pela janela, a espreitar através das grades. O meu amado ergue a voz e diz-me: «Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem. Já passou o inverno, já se foram e cessaram as chuvas. Desabrocharam as flores sobre a terra; chegou o tempo das canções e já se ouve nos nossos campos a voz da rola. Na figueira começam a brotar os primeiros figos e a vinha em flor exala o seu perfume. Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem. Minha pomba, escondida nas fendas dos rochedos, ao abrigo das encostas escarpadas, mostra-me o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz. A tua voz é suave e o teu rosto é encantador».

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