Seria pecado não partilhar neste
Banquete este magnífico texto sobre o Cântico dos Cânticos que esta manhã foi proclamado
nas Missas do parto. Degustem esta belíssima explicação sobre o amor
magistralmente cantado pelo Cânticos dos Cânticos. Um livro marginalizado durante
séculos porque cantava o amor e a sexualidade, logo, parecia ser pornográfico.
Hoje não se pensa nada disso felizmente de tal forma que já entra na Liturgia.
Podem saborear AQUI ESTA IGUARIA de Natal para a vida toda. Aliás, serviu para
que fizesse a homilia de hoje baseando-me neste comentário.
Santo Agostinho ousa exclamar: «Ama e
faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com
amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se
tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus
frutos»
O texto da missa de hoje foi este: Livro de Cântico dos Cânticos (2,8-14)
Eis a voz de meu amado! Ei-lo que chega,
correndo pelos montes, saltando sobre as colinas. O meu amado é semelhante a
uma gazela ou ao filhinho da corça. Ei-lo detrás do nosso muro, a olhar pela
janela, a espreitar através das grades. O meu amado ergue a voz e diz-me: «Levanta-te,
minha amada, formosa minha, e vem. Já passou o inverno, já se foram e cessaram
as chuvas. Desabrocharam as flores sobre a terra; chegou o tempo das canções e
já se ouve nos nossos campos a voz da rola. Na figueira começam a brotar os
primeiros figos e a vinha em flor exala o seu perfume. Levanta-te, minha amada,
formosa minha, e vem. Minha pomba, escondida nas fendas dos rochedos, ao abrigo
das encostas escarpadas, mostra-me o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz. A tua
voz é suave e o teu rosto é encantador».
Sem comentários:
Enviar um comentário